O navio mercante Bouboulina, de bandeira grega e propriedade da empresa Delta Tankers, é o responsável pelo derramamento do óleo que chega às praias do Nordeste desde o início de setembro, aponta a Polícia Federal. O navio está, atualmente, na África do Sul.
Site MarineTraffic.com mostra localização atual do navio – Imagem: Reprodução/MarineTraffic
O site Marine Traffic mostra que o navio saiu de Qua Iboe, na Nigéria, no dia 23 de outubro e segue a cerca de 12,5 nós (23,15 km/h) para destino não identificado.
Nomeado em homenagem à heroína da Guerra de Independência Grega, Laskarina Bouboulina, o navio-tanque tem 276m de comprimento por 50m de largura e pesa quase 164 mil toneladas vazio.
Construído em 2006, o Suezmax (classe de navio com capacidade para atravessar o Canal de Suez, no Egito), tem capacidade de carregar cerca de 150 mil toneladas de óleo cru.
A informação de que o Bouboulina é fonte do óleo consta na decisão do juiz Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal em Natal. Ele determinou busca e apreensão na empresa Lachmann Agência Marítima, que fica no Rio de Janeiro e agenciou a Delta Tankers no Brasil.
O navio ficou detido nos Estados Unidos por quatro dias justamente por “incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo descarga no mar”, conforme documento encaminhado pela Marinha do Brasil à PF.
As investigações, realizadas de forma integrada pela Marinha, Ministério Público Federal, Ibama e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UEC), apontam que a embarcação atracou na Venezuela no dia 15 de julho e o derramamento teria ocorrido a 700 km da costa brasileira entre 28 e 29 de julho.
Fonte> Portal no Ar
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