O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira de Souza, se disse tomado por uma corrente de sentimentos, pela homenagem que o Tribunal de Justiça fez ao advogado, professor, deputado estadual, deputador federal e senador da República José Ferreira de Souza (1891-1975), filho de Santa Cruz e seu tio-avô, que a partir desta segunda-feira, 10 de março, dá nome ao prédio do Fórum Municipal de Santa Cruz. Ele fez um exercício de volta ao passado para relembrar quem foi o homenageado, um homem que, segundo ele, teve uma vida dedicada ao Direito “procurando, no exercício dos cargos públicos, praticar a justiça”.
Falando como presidente da ALRN, externou sua alegria e satisfação em participar da inauguração. “(…) venho enaltecer e louvar os esforços e as dedicações empreendidas por esta administração do Tribunal de Justiça, corporificadas na Presidência do Desembargador João Rebouças e de seus antecessores que possibilitaram a celebração desta data tão especial para a inauguração do novo prédio do Fórum, não somente para os que aqui presentes estão, nessa solenidade, como também para todos os jurisdicionados da Comarca de Santa Cruz e municípios vizinhos”, comentou.
Ezequiel Ferreira afirmou que o novo prédio do Fórum de Santa Cruz, proveniente de recursos próprios do Poder Judiciário potiguar, é agora uma realidade, merecedora dos mais sinceros elogios. E complementou: “Com certeza, a inauguração desta obra dignifica e consolida a importância do Poder Judiciário para a sociedade e representa mais um exemplo concreto da preocupação do Tribunal de Justiça em viabilizar as melhorias significativas na sua estrutura administrativa, operacional e pessoal, propiciando as melhores condições possíveis para o pleno e satisfatório exercício da função jurisdicional estatal”.
“Que nesta inauguração, portanto, essa obra possa simbolizar marco de renovação em nossos ânimos. Instalações dignas, modernas e adequadas proporcionarão a todos os membros deste poder estatal, em especial, juízes e servidores, e a todos os operadores de Direito, plenas condições para que possam desempenhar, a contento, suas respectivas funções”, enalteceu o deputado Ezequiel Ferreira, homenageando a juíza diretora Gisele Cortez Draeger pelos esforços desenvolvidos no que ele chamou de concretização de um sonho.
Emoção
Em um discurso emocionado, o desembargador Amaury Moura Sobrinho, filho do homenageado com a denominação do Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Santa Cruz, fez um resgate histórico da figura de seu pai, o juiz Djanirito de Souza Moura. Djanirito foi juiz em Santa Cruz entre 1960 e 1964, ali residindo com sua família. “A gratidão implica não só uma forma de cortesia, mas uma experiência de satisfação, de alegria e, por que não, de felicidade”, disse o decano do TJRN sobre a homenagem prestada.
“A distância não desejada em nada diminuirá a imensurabilidade da nossa gratidão que nesse alinhavo procuro manifestar em nome de nossa família”, afirmou Amaury, destacando a dificuldade de sua tarefa, quando mais do que filho se tornou o maior dos fãs do homenageado.
“Por esse momento singular, tomo de súbito o receio de ser traído pela emoção, quando a memória afetiva embaralha-me o pensamento ao ponto de dificultar, na referência e reverência ao homenageado, estabelecer a separação entre o homem, o pai e o magistrado. Porém dessa simbiose extraio o elemento comum, catalisador fortemente presente nas três figuras: a intangibilidade da sua honradez, exteriorizada pela sua conduta retilínea, ecoou na criação e formação de seus nove filhos enquanto pai, bem assim perante a sociedade enquanto cidadão, e perante os jurisdicionados como magistrado durante o exercício da sua judicatura”, afirmou Amaury.
Djanirito de Souza Moura iniciou o curso na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, transferindo-se para o Recife, onde nasceu em 1921. Prestou concurso para juiz de direito, sendo aprovado em primeiro lugar e nomeado em julho de 1954. Passou pelas comarcas de Alexandria, Parelhas, Santa Cruz, Mossoró e Natal. Aposentou-se da magistratura aos 45 anos, iniciando carreira como advogado.
Fonte: Portal do Judiciário


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