segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Covid: Vacina que é testada em Natal gera resposta "robusta" entre idosos

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em colaboração com a empresa AstraZeneca, geraria uma resposta robusta na imunidade entre idosos. Esses foram os resultados obtidos em testes clínicos e que, em breve, serão divulgados em revistas científicas.

A informação foi revelada nesta manhã de segunda-feira pelo jornal Financial Times. A vacina de Oxford, que também está sendo testada em Natal pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN), faz parte de um acordo com o governo federal no Brasil, num projeto que envolve a Fiocruz.

A coluna de Jamil Chade, do UOL, confirmou que a Organização Mundial da Saúde já havia recebido informações no mesmo sentido, o que abriu a possibilidade inclusive para que a agência tivesse declarado publicamente que estava "otimista" em relação ao desempenho dos testes clínicos.

No dia 19 de outubro, a entidade indicou que havia recebido dados positivos de diferentes vacinas sobre a imunização entre a população mais idosa. A informação foi dada pela cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, que não citou nome de empresas.

Para ela, a "boa notícia" é que "algumas vacinas em desenvolvimento estão mostrando resultado muito positivos em imunização de pessoas idosas". Segundo ela, esses dados são da fase 2 de testes e que foram obtidos pela OMS. "Esperamos que tenhamos vacinas que sejam eficazes para os mais idosos. É importante protege-los com vacinas", afirmou.

Soumya admitiu que, entre idosos, a questão da imunização é um desafio e que nem todas as vacinas teriam um impacto positivo. O temor, portanto, era de que os resultados revelassem uma resposta fraca nesse segmento da população.

Especialistas, porém, alertam que o resultado positivo deve ser comemorado com cautela. Ainda que seja tratado como "enorme esperança", a resposta robusta não significa necessariamente que a vacina será segura ou que irá de fato gerar uma imunidade adequada.

Para que isso seja confirmado, os dados de todos os idosos que participaram dos testes clínicos terão de ser analisados. Isso poderá ocorrer entre novembro e dezembro.

Fonte: Portal Grande Ponto

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