A farmacêutica Eli Lilly anunciou na quinta-feira, 21, que o anticorpo monoclonal bamlanivimabe pode ser capaz de prevenir a Covid-19 em residentes e equipes de lares de idosos e outros locais de cuidados de longa duração. Este é o primeiro grande estudo a mostrar a eficácia do tratamento na prevenção da doença em um grupo de pessoas extremamente vulnerável à pandemia.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisarem os efeitos do bamlanivimabe em 965 pessoas, incluindo residentes e funcionários de lares de idosos e outros locais de cuidados de longo prazo, como casas de repouso. Os participantes foram divididos em dois grupos: alguns foram designados para receber o medicamento, que é administrado por via intravenosa, outros receberam infusões de placebo.
Os resultados mostraram que aqueles que receberam o medicamento tiveram um risco até 57% menor de contrair a Covid-19 em comparação com outras pessoas da mesma instituição que receberam um placebo, disse a farmacêutica em comunicado. Entre os residentes de lares de idosos, o risco foi reduzido em até 80%. Entre os residentes que tomaram o placebo, quatro faleceram devido à doença.
A pesquisa foi conduzida em parceria com o NIH, nos Estados Unidos. Os resultados foram divulgados pela empresa em comunicado e ainda precisam ser oficialmente publicados em uma revista científica, o que deve acontecer em breve, segundo a Lilly.
Em novembro, a FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, aprovou o uso emergencial do bamlanivimabe para o tratamento de pessoas a partir de 12 anos, com sintomas leves a moderados de Covid-19. O medicamento age como uma infusão de anticorpos poderosos que combatem o coronavírus.
A empresa planeja solicitar a autorização do uso do medicamento para a prevenção da doença em instituições de longa permanência.
Da Veja/Grande Ponto
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