quinta-feira, 22 de abril de 2021

Grupo hacker entra em reunião virtual de seccional da OAB e homem se masturba ao vivo

Um grupo hacker entrou em uma reunião virtual da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) Subseção de Santos e espalhou conteúdo pornográfico durante o encontro. Não bastasse o conteúdo impróprio, um dos participantes do grupo chegou a ser masturbar ao vivo com a câmera ligada.

O encontro virtual ocorreu na noite de segunda-feira (19). A advogada e professora universitária Flávia Nascimento, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Santos, comandava o encontro que contaria com a participação da advogada Cindia Moraca.

Ela seria convidada para uma palestra sobre ‘Stalking’, que representa perseguição, que foi decretado como crime segundo o Código Penal. O link para realização da reunião estava disponível para quem quisesse participar.
Reprodução
“Eu estava comandando a reunião e, por ser aberta, aceitava e autorizava a participação de quem pedia para entrar na reunião”, relatou Flávia. A advogada começou a suspeitar quando mais pessoas entravam no encontro virtual, mas não se manifestavam. Eis que, em determinado momento, um desses participantes começou a compartilhar conteúdos impróprios.

“Eu vi a presença das pessoas, mas ninguém interagindo. Daí eu pedi que eles ligassem as câmeras, como se tivéssemos em um encontro presencial. Nisso, um dos participantes compartilhou a tela com vídeos pornográficos, vídeos de mulheres em situação degradantes”, comenta.

Rodrigo Julião – presidente da OAB Santos

A advogada excluiu a presença do participante, mas ele já havia hackeado o endereço em que ocorria a reunião. O suspeito adicionou mais pessoas ao encontro virtual, onde mais cenas impróprias ocorreram.

“Hackearam o link e eles conseguiam autorizar novos participantes. Eu não tinha mais o controle. Esses participantes ligaram suas câmeras e era cenas ao vivo de sexo oral, masturbação, cenas horríveis. Percebemos não tinha como conter, derrubamos a reunião e continuamos por um outro meio”, disse.

A palestra com Cindia Moraca seguiu em um link privado, sem a presença de nenhum grupo hacker. “Isso configura como um crime cibernético e normalmente esses ataques ocorrem quando falamos de direito da mulher. isso me entristece demais, mas ao mesmo tempo me dá forças pra continuar o trabalho porque sei o quanto a gente precisa”, concluiu.

Fonte: A Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário