quarta-feira, 28 de abril de 2021

Produção industrial potiguar aumenta após quatro meses em queda

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, de acordo com a avaliação dos empresários, a produção industrial potiguar voltou a crescer em março, após quatro meses de queda. Entretanto, o incremento da produção, não foi suficiente para estimular o emprego que registra a terceira retração seguida (indicador de 48,4 pontos). O percentual médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria ficou em 67% em março de 2021 (contra 68% da Sondagem de fevereiro), e foi considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de março, comportamento que se vem repetindo ininterruptamente desde agosto de 2018. Além disso, os estoques de produtos finais voltaram a subir, mas, ainda assim, ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

Os empresários também reavaliaram suas expectativas, o que resultou em aumento do otimismo com relação à demanda, ao número de empregados, às compras de matérias-primas e às exportações nos próximos seis meses. A intenção de investimento, por sua vez, registrou a quarta queda seguida, mas alcançou o maior valor para um mês de abril desde 2018, quando o indicador atingiu 61,2 pontos.

No primeiro trimestre de 2021, tanto a margem de lucro operacional como a situação financeira foram avaliadas como insatisfatórias pelos empresários industriais potiguares; e o acesso ao crédito segue difícil. Ademais, os empresários avaliaram os preços médios das matérias-primas como mais elevados do que no trimestre anterior.

Os principais problemas do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, continua sendo a falta ou alto custo da matéria-prima, seguida pela elevada carga tributária, pela demanda interna insuficiente, pela taxa de câmbio, pela falta ou alto custo de energia e pelas dificuldades na logística de transporte.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamentos divergentes, e que continuam sugerindo maior dificuldade das indústrias com menos de 50 empregados na atual conjuntura de crise. As pequenas indústrias apontaram queda na produção; os estoques de produtos finais caíram e ficaram abaixo do planejado; e esperam redução na demanda, no número de empregados, nas compras de matérias-primas e estabilidade nas exportações nos próximos seis meses. Já as médias e grandes empresas assinalaram aumento na produção; os estoques aumentaram e estavam acima do desejado; e preveem crescimento na demanda, no emprego, nas compras de insumos e nas vendas externas nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimentos, por sua vez, avançou entre as pequenas indústrias, enquanto caiu entre as médias e grandes.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 26/04 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram estabilidade do número de empregados em relação ao mês anterior (indicador de 50,1 pontos) e o índice de intenção de investimento não se alterou relação a março, oscilando de 55,8 para 55,7 pontos.

FONTE: GRANDE PONTO

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