domingo, 8 de agosto de 2021

Ex-gerente de banco é preso por desviar R$ 8 milhões de cliente falecido

Três funcionários do banco montaram uma organização criminosa para fraudar transações bancárias para recebimento de vantagens indevidas das contas de clientes
Por AGÊNCIA BRASIL
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu hoje (5) um ex-gerente de uma instituição bancária suspeito de desviar R$ 8 milhões da conta de um cliente já falecido. As investigações da Delegacia de Roubos e Furtos demonstraram que o acusado, Rafael de Souza Ferreira, e outros dois gerentes do mesmo banco, montaram uma organização criminosa especializada em fraudes de transações bancárias para recebimento de vantagens indevidas das contas de clientes. O juízo da 27ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão preventiva contra o ex-gerente.

Ao tomarem conhecimento da morte do correntista, os autores simularam o resgate do seu fundo de previdência, transferindo os valores para as contas pessoais de seus cônjuges, por meio de cheques administrativos. A fraude foi detectada pelo mecanismo de segurança da instituição bancária, que acionou a delegacia especializada, que deu início às investigações. Os policiais descobriram que os acusados compraram imóveis e veículos, sendo que Rafael Ferreira comprou uma residência de luxo na zona norte do Rio, usando para a compra, dinheiro desviado de correntistas.

De acordo com as investigações, o criminoso também foi até a casa da viúva do cliente e tentou induzi-la a assinar um documento declarando que seu falecido marido tinha o desejo de doar determinada quantia aos gerentes da instituição bancária. A mulher negou e, junto com seu advogado, foram ameaçados. Por conta disso, o ex-gerente também está sendo investigado pelo crime de coação no curso do processo. 

Todos os envolvidos foram denunciados por furto duplamente qualificado, associação criminosa e lavagem de capitais, inclusive, com pedido de sequestro de bens. Os outros dois gerentes da instituição bancária ainda não foram localizados pela polícia.

Fonte: O Tempo

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