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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Arquidiocese de Natal pede na Justiça reintegração de posse de terreno ocupado por famílias do movimento de luta por moradia

Cerca de 120 famílias ligadas ao Movimento de Luta por Moradia Popular (MLMP) estão no terreno desde 21 de abril. Local era antigo casarão do padre Thiago Theisen, que morreu em 2021.
Famílias passaram a ocupa terreno no Bom Pastor, em Natal — Foto: Emerson Medeiros/Inter TV Cabugi
Por g1 RN
A Arquidiocese de Natal acionou a Justiça com um pedido de reintegração de posse de um terreno na Zona Oeste da capital potiguar que está sendo ocupado por cerca de 120 famílias ligadas ao Movimento de Luta por Moradia Popular (MLMP).

A ocupação ao terreno no Bom Pastor ocorre desde o dia 21 de abril. O local era a antiga residência do padre Thiago Theisen, que morreu aos 90 anos em outubro de 2021. Desde então, ela é administrada pela Arquidiocese de Natal, que é proprietária do terreno.

O pároco da Catedral Metropolitana, Valdir Cândido, explicou que o pedido judicial foi feito pela falta de perspectiva da saída das famílias do terreno.

"Não tendo diálogo de saída, nós entramos com o pedido de reintegração de posse. É um direito da Arquidiocese. Esse terreno foi invadido. Esse terreno tem escritura pública, é murado e não julgamos justo o modo com o movimento se apossou do terreno. E como não tem diálogo, a gente solicitou a Justiça para que proceda a partir do que deve ser feito", Valdir Cândido.
Segundo o pároco Valdir, o governo do Estado - através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) e da Companhia Estadual de Habitação - está negociando uma solução para o caso antes que haja uma decisão judicial.

Representantes do movimento foram dialogaram nesta semana com representantes do governo para tratar da ocupação do terreno. O movimento social apresentou solicitações para atender as famílias e as demandas foram acolhidas pelo estado, que vai, via Gabinete Civil, intermediar junto à arquidiocese a melhor solução para desocupação.

O estado também tem realizado o cadastramento das famílias para encaminhar dados ao município visando a inserção delas em futuros programas habitacionais desenvolvidos pelos entes federativos.

“Nosso objetivo é atender as família da ocupação da melhor forma possível no que concerne as obrigações do estado”, explicou Pablo Thiago, diretor-presidente da Companhia de Habitação.

Fonte: G1 RN

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