A cidade de Lagoa de Velhos completa 61 anos de sua emancipação com uma bonita festa para todos, festa essa pensada e preparada com amor e carinho para todos os munícipes. A cidade vem crescendo e se desenvolvendo sob a administração da jovem prefeita Sonyara Ribeiro e de toda a sua equipe administrativa, prova disto são os novos veículos adquiridos e que já estão a disposição da população e as obras e bem feitorias realizadas pela administração municipal com intuito de melhorar a qualidade de vida do povo daquela hospitaleira cidade.
Na matéria a seguir vamos falar da mais nova atração da cidade, a Praça Fabião das Queimadas, um poeta, tocador de rabeca, cantador e instrumentista natural de Lagoa de Velhos que deixou um legado cultural para todo o RN. Para falar mais sobre esse assunto a matéria segue com a participação do nosso correspondente de Lagoa de Velhos o professor Osvagrio Ferreira (Vaguinho).
O grande poeta Fabião das Queimadas – poeta das vaquejadas, nasceu escravo em 1848, filho dos também escravos Antônia e Vicente, sendo seu “dono” o capitão José Ferreira da Rocha, proprietário da fazenda queimadas, encravada no município de Lagoa de Velhos, a época seu território pertencia ao município de Natal.
Ainda jovem demonstrou aptidão para fazer versos, sua primeira rabeca foi adquirida com a ajuda do capitão José Ferreira. Daí em diante, cantou nas casas de grandes fazendeiros, como o coronel Zé Bezerra da Aba da serra em Currais Novos, Coronel Ezequiel Mergelinho em Santa Cruz, cantou para políticos importantes como o senador Eloi de Souza e seu irmão o poeta Henrique Castriciano, cortejado e admirado por Câmara Cascudo foi levado a cantar para o governador do estado, Dr. Alberto Maranhão, em sua residência oficial no início do século XX.
Cantando ao som da sua rabeca, Fabião, comprou, segundo Cascudo, as alforrias da sua mãe, da sua futura esposa e, por fim, sua própria alforria.
Celebres e emocionantes são as quadras que ele fez para homenagear o momento em que sua mãe foi alforriada, disse ele:
Quando forrei minha mãe
A lua saiu mais cedo
Pra clarear o caminho
De quem deixava o degredo.
Minha mãe era pretinha,
Pretinha que nem quixaba,
Mas o seu nome era doce
Tão doce que nem mangaba.
O nome de mãe é doce
Que nem a pinha madura,
Mas passa o doce da fruta
E o doce do nome atura.
Em 13 de junho de 1928 Fabião das Queimadas sucumbiu a uma gangrena, oriunda de uma furada de espinho de macambira, morreu em sua casa construída em suas terras, o Riacho Fundo, encravada no município de Barcelona, rodeado por sua esposa, filhos e netos.
Agora, ao completar 95 anos da sua morte, no dia 6 de maio, a cidade de Lagoa de Velhos, seu berço de nascimento, homenageou o filho mais ilustre. A prefeita Sonyara Ribeiro ladeada pela população e autoridades estaduais, que inaugurou a Praça Fabião das Queimadas, adornada com a estátua, em tamanho natural, do grande poeta do Potengi Fabião das Queimadas, o evento foi parte das comemorações dos 61 anos de emancipação política de Lagoa de Velhos – a princesa do Potengi e capital regional da cultura.
Foto: Redes sociais da Prefeitura Municipal de Lagoa de Velhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário