sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Médico potiguar que operou Bolsonaro conquista ouro na Copa do Mundo de Endoscopia

Flaubert Sena ajudou a desenvolver técnica inovadora de terapia endoscópica. No ano passado, ele participou de uma cirurgia do presidente da República.
Falubert Sena de Medeiros. Foto: Reprodução/Twitter
O médico gastroenterologista Flaubert Sena de Medeiros conquistou ouro na Copa do Mundo de Endoscopia, competição promovida na Digestive Disiese Week (DDW), semana de eventos sobre doenças digestivas. Flaubert nasceu em Parelhas, no Seridó potiguar, trabalha no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e participou de uma cirurgia de Jair Bolsonaro no ano passado, quando o presidente da República precisou corrigir uma fistula para possibilitar a retirada da bolsa de colostomia.

O prêmio máximo da endoscopia internacional foi concedido em Chicago, nos Estados Unidos, ao trabalho intitulado “O uso de novas terapias endoscópicas à vácuo modificadas no tratamento de um defeito da parede retal transmural”, que conta com a participação de outros seis especialistas. Um vídeo detalhado da técnica inovadora concorreu contra outras práticas globais.

Flaubert explica que, “a técnica da terapia endoscópica à vácuo é antiga, da década de 70. Nós a adaptamos, criando um novo modelo de sonda, inclusive com menor custo, cujos resultados iniciais no Hospital Universitário Onofre Lopes foram bastante animadores”.

“A verdade é que começamos a utilizar o método por ser barato. No entanto, esse modelo se mostrou mais eficaz que os outros, de modo que progrediu para publicações relevantes, adesão dentro do Brasil, até que o Hospital das Cínicas da USP encampou a ideia e difundiu a técnica com o peso que a USP tem na medicina nacional”, relembrou o especialista.

“Para nossa surpresa, inclusive dos colegas da USP, conquistamos a Copa do Mundo de Endoscopia, prêmio que nos enche de orgulho e acima de tudo confere credibilidade internacional para uma técnica que de fato salva vidas. Evidentemente, no longo caminho até uma conquista desse nível, é natural que a inovação seja vista com desconfia inicial, como uma ideia mirabolante, sendo o benefício ao paciente o melhor indicador de eficácia”, destacou.

Além de dividir o prêmio com Diogo Moura, Epifânio Monte, Kelly Hathorn, Alberto Ponte, Eduardo Moura e Christopher Thompson, Flaubert dedicou o triunfo ao falecido técnico de enfermagem Edson Pontes, que o acompanhou no início da carreira como endoscopista no município de Currais Novos.

Fonte: agorarn.com.br

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