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quinta-feira, 24 de abril de 2014

De acordo com a opinião de Jacson Damasceno morte de estudante na C. da Esperança não foi fatalidade.

Por Jacson Damasceno/ Portal no Ar
adolescentes
Apresentei o Jornal do Dia 2ª edição agora à noite, na TV Ponta Negra.
E noticiamos do local, ao vivo, o caso do estudante que atirou em outro na escola da Cidade da Esperança. Érick Bruno Pontes, de 15 anos, foi morto com um tiro no peito, disparado por um colega da mesma idade, no estacionamento da escola estadual Raimundo Soares.

Ao repórter Sérgio Costa, o diretor da escola, Bruno Lima, disse que o que ocorreu foi uma fatalidade.

Aqui todo o meu respeito à dor e à situação do diretor, que também é uma vítima e como todos os colegas sofre as agruras da profissão no sistema público.

Mas quando um diretor de escola diz na televisão que um aluno de 15 anos matar um colega da mesma idade com um tiro foi uma fatalidade, algo está muito errado no planeta Terra. Parem que eu quero descer. Minha parada já passou, motorista!!

Não é fatalidade a situação do nosso sistema público. Não é nenhum acidente um garoto de 15 anos levar um revólver 38 na mochila para a escola; Não é fatalidade dois meninos brincarem com uma arma no estacionamento de uma instituição de ensino. Há culpados para isso tudo, professor e toda a população sabem quem são.

Talvez fatalidade tenha sido o disparo, tecnicamente falando. E diante da magnitude da tragédia o tiro acaba sendo um pormenor. Aliias, nem sei se o disparo foi mesmo acidental, porque pessoas me contaram que Érick e o colega que atirou estavam brincando de roleta russa. E brincar de roleta russa aos 15 anos na escola não é uma fatalidade.

P.S.: A montagem com as fotos acima foi feita por colegas e colocada na internet. Explico porque a imagem do garoto que morreu aparece, assim como seu nome, e o do que atirou, não. A lei impede que a imprensa publique imagem e nome de adolescentes para protegê-lo de uma situação de exposição, vexatória, risco ou ameaça, o que só faz sentido com quem continua vivo. A explicação me foi dada certa vez pelo juiz José Dantas, da Vara da Infância.

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