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quarta-feira, 30 de março de 2016

ABSURDO: Pai colocou filho recém-nascido à venda em site por 'brincadeirinha'

Para a polícia, suspeito disse que teve a ideia ao ver fotos do menino no celular da companheira; ele foi preso e guarda da criança passada para avó materna
Anúncio foi publicado no site na tarde dessa segunda-feira

Por: CAROLINA CAETANO / BRUNO INÁCIO / Jornal O Tempo
“Vendo lindo bebê com 10 dias de vida. Homem lindo com saúde total e comprovada. ótimo investimento. Valor a combinar”. A divulgação da venda do recém-nascido no site de compra e vendas da OLX foi classificada pelo pai da criança, um jovem de 24 anos, como brincadeirinha. Após ser ouvido Polícia Civil na tarde desta terça-feira (29), ele foi preso.

De acordo com a delegada Ana Maria Santos, a família, que mora em Contagem, foi localizada em uma casa de Ibirité, também na Grande BH. A princípio, o homem, que trabalha como motorista de van e tem um lava jato, negou o crime. “Primeiro ele disse que não sabia quem havia feito o post. No entanto, depois confessou. Disse que estava olhando as fotos do filho no celular da mulher quando percebeu que o aplicativo da OLX estava aberto. Nesse momento, teve a ideia de colocar o anúncio como uma brincadeira”, explicou a delegada.

Ainda segundo a policial, a mãe da criança, também de 23, disse que não sabia de nada. O homem também inocentou a companheira. Além do bebê, que tem 15 dias e não 10, como anunciado, o casal, que está junto há três anos, tem um menino de 2 anos e cria a sobrinha de 4 anos da mulher como filho.

“Ele não tinha antecedentes criminais e a família não passa por nenhuma dificuldade financeira. Mesmo ele dizendo que foi uma brincadeira, vamos investigar se ele realmente não queria vender a criança”.

As crianças foram entregues à avó materna, uma vez que, segundo vizinhos, eles sofriam maus-tratos dos pais. O homem será encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem e responderá por "submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento", com pena de seis meses a dois anos de prisão e “prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa”, com pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa.

Fonte: Jornal O Tempo

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