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quinta-feira, 27 de março de 2014

Palanque de apoio à candidatura ao governo de Henrique Alves pode ‘rachar’ pela metade

Pelo menos quatro legendas integrantes do grupo G10 podem acompanhar o racha
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O grupo de dez partidos articulados para apoiarem a candidatura do pré-candidato do PMDB a governador do Rio Grande do Norte, Henrique Eduardo Alves, rachou nesta terça-feira. Uma das legendas integrantes do grupo, o PSL, presidido no estado pelo advogado Araken Farias, não aceitou a proposta de apoio ao PMDB, abrindo dissidência dentro do chamado G 10. Pelo menos quatro legendas, integrantes do grupo, podem acompanhar o racha.

Um dos integrantes do chamado G 10 comunicou nesta terça ao PSL que o grupo irá anunciar apoio à pré-candidatura de Henrique a governador. O grupo irá receber Henrique nesta quinta para uma reunião e anuncia a decisão de apoiá-lo para governador. Um dos representantes do Partido Verde, Walter Fonseca foi o portador do comunicado ao PSL. “Walter Fonseca, do PV, fez uma visita a mim para desestimular minha pré-candidatura e pedir que eu fosse junto com o grupo. Mas não isso foi aceito”, disse Araken, num gesto de resistência política que poderá ser acompanhado por outras legendas do G 10, a exemplo de PSDC, PEN, PTC e PRP, que ainda não se pronunciaram ainda em relação à majoritária. “Vou buscar desses partidos que não se alinham ao partido de Henrique o apoio à candidatura majoritária do PSL”, afirmou Araken esta manhã ao Jornal de Hoje.

Do G 10, até agora confirmaram que deverão declarar apoio a Henrique apenas PV, PMN e PHS. Dois partidos se uniram a esses três, o PPS e o PC do B. No caso do PV e do PMN, as articulações com o PMDB já existiam desde o ano passado, antes da formação do G 10, e o apoio dessas legendas ao PMDB nunca sofrera dúvida. No que diz respeito ao PPS, o partido é liderado no estado por um assessor de Henrique, o ex-deputado estadual Wober Júnior. A grande novidade seria a presença do PC do B no palanque, já que, tradicionalmente, o partido sempre acompanhou o PT, que, neste caso, estará no palanque do vice-governador, Robinson Faria, pré-candidato do PSD a governador do Estado. O PT deverá lançar a deputada federal Fátima Bezerra ao Senado Federal.
Araken dissemina dúvida quanto à real intenção do PV ao se aproximar do grupo de pequenos partidos considerados até então considerados “independentes”. O PV, comandado pelo senador Paulo Davim, é considerado uma “sigla satélite” do PMDB, em vista de que, hoje, a principal expressão política da legenda, o próprio Davim, é senador da República graças à licença do titular da vaga, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB). “O PV veio para o G 10 com o único entendimento de levar o grupo a apoiar o PMDB”, aponta Araken, ao identificar na ação do PV junto aos partidos independentes uma articulação do próprio PMDB, comandando por Henrique e Garibaldi e que tem tradição de mais de 50 anos na política do Rio Grande do Norte, desde a fundação da oligarquia, pelo ex-governador e ex-ministro Aluizio Alves, morto em 2006.

O PMDB articula com legendas de peso do cenário nacional e estadual a formação de um palanque que reuniria praticamente todos os ex-governadores do Rio Grande do Norte vivos. As três principais lideranças políticas do Estado devem compor o palanque – além de Garibaldi, a vice-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria, e, possivelmente, em caso de desistência de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, o próprio senador e ex-governador José Agripino Maia. “Somos contrários ao chapão. Temos uma candidatura para contrapor a candidatura do PMDB, por não concordarmos com os argumentos que foram levados ao grupo, de que teria uma proposta de recuperação do Estado. Ora, essa proposta foi feita diversas vezes e nunca foi cumprida”, contesta Araken.

“Entendemos que temos o dever de apresentar ao RN uma proposta alternativa, que seja exequível, e não uma proposta de campanha apenas, como eles fazem normalmente e que desaparece, como num passe de mágica, depois das eleições”, acrescenta o dirigente do PSL no Estado. “Precisamos trazer para a sociedade a esperança de que a gente pode ter um estado melhor, e não, ter a certeza da continuidade e da mesmice”, finalizou.

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