A família do operário Fábio Hamilton Cruz, morto em um acidente nas obras do Itaquerão no último sábado, vai acionar a Justiça para pedir indenização de R$ 1 milhão pelos danos morais e materiais, além de pensão vitalícia de R$ 425 por mês para a mãe do falecido. Segundo o advogado dos familiares, Ademar Gomes, três empresas serão acionadas no caso: a Odebrecht, a WDS e a Fast Engenharia. A mãe de Fábio, Sueli Rosa Dias, de 45 anos, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira, em São Paulo, que o filho não deve ter caído da altura de oito metros por negligência, mas, sim, pela falta de equipamentos e por não ter recebido preparo suficiente para a função que exercia na montagem das arquibancadas provisórias do Itaquerão, estádio do Corinthians que será usado na Copa do Mundo.
O Fábio só tinha feito curso teórico, não tinha tanta experiência assim. Ele já tinha me contado que fazia um serviço arriscado e que deveria ter mais segurança”, afirmou a mãe do operário de 23 anos. “Meu filho me falou que, para poder andar, tinha que tirar o equipamento. Por isso querem jogar a responsabilidade do acidente para ele, mas isso eu não vou aceitar”, completou.
O advogado da família mostrou a carteira de trabalho do operário, nela consta o registro de ajudante e, por isso, Fábio não poderia estar na função que ocupava, a de montador. “Ele não recebeu preparo para montar estruturas, fez apenas um curso teórico e estava aprendendo o resto na prática. Faltava equipamentos de segurança, como uma rede para evitar a queda”.
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