Imagine “fone conferência” dentro de um presídio? É isso que acontece na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, diariamente. A unidade fica em Nísia Floresta, região metropolitana da capital. A informação foi repassada pelo juiz Henrique Baltazar, titular da Vara de Execuções Penais.
Nem mesmo uma investigação realizada pelo Ministério Público Estadual que levou várias pessoas para a cadeia no ano passado fez com que presos deixassem de ter contato com apenados no estado do Paraná. Os presos fazem o chamado “fone conferência” com membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que estão detidos em unidades prisionais do Paraná. “Tem preso no Paraná que é chefe de detentos no Rio Grande do Norte. Existe, inclusive, uma estrutura hierárquica no PCC. E não há muito oque fazer. Isso porque, celulares continuam entrando nos presídios potiguares. E mais, do Paraná dão ordens para serem cumpridas aqui”, afirmou Baltazar.
O esquema funciona da seguinte forma: é marcado um horário e começa a reunião entre os apenados, por meio, dos telefones celulares. Segundo o magistrado, para evitar a situação que ocorre em Nísia Floresta seria necessário um número maior de agentes penitenciários para evitar a entrada de aparelhos nas unidades. “O estado possui hoje 900 profissionais e deveria ter pelo menos 1400”, revela.
Por Roberta Trindade
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