De acordo com a nova pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a participação delas é de 55,4%, enquanto que a dos homens é de 44,6%
As mulheres da região Nordeste são protagonistas quando o assunto é a abertura de novos negócios. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2014, a participação delas é de 55,4%, enquanto que a dos homens é de 44,6%. Elas são comprovadamente mais ativas em termos de atividade empreendedora inicial. No entanto, os dados do Sebrae também revelam a maior taxa de ‘empreendedorismo estabelecido’ do gênero masculino (22,8%) entre as regiões brasileiras.
Entre as condições que impactam o desenvolvimento do empreendedorismo local, o apoio financeiro, a capacidade empreendedora, as políticas governamentais e o clima econômico são os fatores mais favoráveis. Isso se deve ao fato de os empreendedores estarem mais preocupados com a sua capacitação técnica. Ainda assim é necessária maior ênfase no tratamento diferenciado dos pequenos empreendedores. E apesar de alguns empreendedores reclamarem da falta de dinheiro e da elevada taxa de juros, o crédito nunca esteve tão fácil.
Um importante resultado da pesquisa no Nordeste é, justamente, o aumento da proporção de negócios implantados a partir da identificação de uma oportunidade, em detrimento da motivação por necessidade. De acordo com especilistas, o desempenho da economia é um dos principais, mas também a informação e formação dos potenciais empreendedores, maior conscientização dos riscos envolvidos também são aspectos muito relevantes. Daí a importância de instituições como Sebrae e os esforços de inclusão do empreendedorismo tanto nas escolas, como nas universidades.
A mais nova edição da pesquisa, que faz um recorte do empreendedorismo na região, demonstra ainda que pessoas com idade entre 25 a 34 anos são as mais ativas. Já os indivíduos de 55 a 64 anos são os menos ativos, com uma taxa específica de 8,5% inferior à do Brasil (10%) e às das regiões Sudeste (9,4%) e Sul (11,9%).
Características dos empreendimentos
A pesquisa GEM indica ainda que a maioria dos empreendimentos no Brasil apresenta características pouco compatíveis com a realidade competitiva do mercado. Porém, sinaliza a possibilidade de melhoria nos indicadores relacionados à novidade do produto, idade da tecnologia e orientação internacional. Em 2014, 15,8% dos empreendedores iniciais e 9,8% dos estabelecidos afirmaram considerar o seu produto ou serviço novo para alguns ou para todos.
A partir das informações é possível concluir que a atividade empreendedora é uma das causas para a geração de renda, principalmente entre as faixas de três a seis salários mínimos e demais de nove salários mínimos. No que se refere à primeira dessas faixas, o Nordeste apresenta a maior taxa específica de empreendedorismo estabelecido dentre as regiões brasileiras (25,8%). Em nível nacional essa taxa é de 20,3%.
Mentalidade empreendedora
Com a intenção de analisar o grau de disposição dos indivíduos em relação ao tema e seu potencial para empreender, foram levantadas informações sobre conhecimento das pessoas sobre a abertura de novos negócios, oportunidades e capacidades percebidas, medo do fracasso, sonhos e desejos.
No documento observou-se que 38,9% dos indivíduos pesquisados afirmou conhecer pessoas que abriram um negócio novo nos últimos dois anos. Quanto à perspectiva de boas oportunidades para abertura de um negócio nos próximos seis meses, 62,9% da população respondeu positivamente e 63,5% dos indivíduos afirmaram que o medo de fracassar não impediria que começassem um novo empreendimento.
Com relação aos desejos e expectativas da população, “ter o seu próprio negócio” (27,1%) aparece em segundo lugar na região, depois de “comprar a casa própria” (42,2%). Apesar da queda do percentual de brasileiros da região que sonham em “ter o seu próprio negócio”, observada desde 2012, é interessante notar a supremacia desse sonho (22,8%) sobre “fazer carreira numa empresa” (12,8%).
FONTE: PORTAL NO AR
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