Com apenas 16 anos de idade, o estudante Pedro Vítor Silveira – aluno do Over Colégio e Curso – conseguiu…
Com apenas 16 anos de idade, o estudante Pedro Vítor Silveira – aluno do Over Colégio e Curso – conseguiu a sua tão sonhada aprovação em uma universidade. O estudante participou no ano passado do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Com a nota obtida Pedro foi aprovado no curso de Medicina da Universidade do Estado da Bahia, a UNEB. O problema é que Pedro ainda estava na 2ª série do ensino médio quando realizou o exame do Enem e de acordo com o novo regulamento os alunos que não estão cursando o 3º ano do ensino médio – ao fazer a prova do Enem – não podem mais utilizar o resultado obtido como meio de ingresso em uma universidade.
A medida tem dividido opiniões em todo o país. Para Carlos André, professor e diretor do Over, o tema é muito complexo e, dependendo do contexto, pode ser contra ou a favor do aluno. “A priori eu prefiro não fechar uma posição dizendo que eu seja a favor ou contra essa nova regra do Enem. Nos últimos anos o que nós percebemos foi uma quantidade gigantesca de alunos passando antecipadamente via Enem, principalmente em cursos fáceis. Recentemente o Enem fechou essa porta”.
Ainda de acordo com o educador, o fato do aluno ter que decidir o curso ainda adolescente é muito complicado. “Nós que trabalhamos nessa área percebemos que grande parte dos alunos que conseguiram acesso via justiça acabaram posteriormente desistindo dos cursos. Se decidir um curso com 17 anos já é muito complicado, imagina decidir o curso da sua vida com 15 anos”.
Mas, no caso do estudante Pedro, a situação é diferente, defende Carlos André. “Não é comum um aluno desistir de Medicina. E passar em Medicina é muito difícil. Dessa forma, esse bloqueio incondicional pode influenciar negativamente a vida de muitas pessoas e isso é muito complicado”.
Para a psicóloga Catarina Farias se o aluno ou aluna tem nota suficiente para ser aprovado pelo Enem, ele ou ela é extremamente capaz. “Ao pular etapas da vida, a pessoa apressa a etapa seguinte. Entretanto, cada caso é um caso e não dá para generalizar. O encerramento dos ciclos da vida, como também o envolvimento nos rituais de passagens – como o vestibular e Enem – são fundamentais para uma construção mais completa de cada pessoa e desenvolvimento da maturidade pessoal. Se o aluno se sente seguro e confiante do que quer como carreira profissional, e a família o apoia, acho que tem chances de ter um bom desenvolvimento, se sentindo amparado por pessoas importantes para ele. A decisão não é nada fácil e deve ficar nas mãos dos jovens como Pedro – e suas famílias – decidir esperar ou não”.
Portal JH
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