De acordo com o empresário, a maioria desses clientes blindam todos os carros que possuem de uma só vez, o que também contribui para incrementar a demanda de serviços da empresa.
Eros Cordeiro conta que trouxe a empresa para o Rio Grande do Norte justamente por conta da demanda que há no estado. “Clientes que eu atendia em Recife pediam que eu viesse”.
Inicialmente, o empresário projetou instalar somente uma loja de manutenção. No entanto, depois de estudar o mercado local por seis meses, percebeu que daria certo fixar raízes em terras potiguares.
Além da matriz, que fica no bairro do Alecrim, em Natal, há ainda um escritório com espaço para manutenção na cidade de Mossoró.
Material de ponta
O processo para blindagem do veículo automotivo leva tempo e necessita de precisão para ser realizado. “Nós lidamos com blindagem, tem que estar tudo perfeito”, enfatiza Eros Cordeiro. O material, de acordo com o empresário, usado no trabalho é o que existe de mais moderno para este fim.
Eros Cordeiro explica que 90% do carro leva aramida, uma fibra sintética entrelaçada, que reveste internamente toda a lataria. As colunas do veículo são reforçadas com aço e os vidros comuns das janelas e para-brisas, bem como o traseiro, são substituídos por vidro balístico de 21 milímetros de espessura e transparência de 85%.
Todo esse material garante a segurança contra disparos de arma de fogo do ladro de dentro dos automóveis. Segundo Eros Cordeiro, em alguns casos de colisões a blindagem também serve para aparar a batida.
“A aramida usada nos carros absolve o impacto e espalha por sua estrutura. E diferente dos outros materiais, que recebem o impacto e acabam sendo perfurados”, acrescentou Cordeiro.
O processo para a blindagem acontece de forma manual, porque todo o material usado no serviço é pré-moldado, chega à empresa em Natal direto da Imbra de acordo com o modelo do carro no qual será usado.
Para ser blindado, o veículo precisa ser desmontado completamente em sua parte interior. O automóvel recebe uma limpeza de desingraxante, são retirados todos os resíduos de cola, toda a fiação é isolada e separada. “O carro fica pelado, na lataria, como se tivesse vindo da fábrica, mesmo”, reforça Eros Cordeiro.
O empresário destaca que o procedimento não causa danos à estrutura do veículo, pois não há cortes ou algum outro tipo de processo danoso à máquina. “A aramida, os vidros e o aço vêm vem pró-moldados de acordo com o modelo do carro, então torna mais fácil o serviço”.
De toda maneira, são 30 dias de trabalho para entregar o automóvel pronto. Eros Cordeiro justifica a demora explicando que a montagem e a desmontagem dos equipamentos do carro levam tempo e não podem ter qualquer mínima imperfeição, pois isso pode comprometer a eficácia da blindagem. “Tudo é feito com muito perfeccionismo”.
À prova de falhas
Segundo o empresário, não há nenhum registro nesses três anos de empresa no Rio Grande do Norte de falhas no serviço. Cordeiro contou que um dos clientes sofreu um assalto três dias após blindar seu veículo na Elite Blindados e foi alvejado na janela do motorista. “O tiro não passou pelo vidro e ele conseguiu escapar”, afirma, mostrando a janela com a marca de tiro.
No que diz respeito à revisão da blindagem, Eros Cordeiro diz que não é posta uma data obrigatória dentro da garantia de 10 anos para o cliente realizar a checagem dos equipamentos.
“Se o cliente sentiu alguma dificuldade, um ruído, um barulho, sentir que o carro está encostando quando passa na lombada, na garagem, a gente faz uma revisão”, detalhou o empresário, adiantando que esses problemas só devem aparecer com um ano de uso do material. “Como é pré-moldado é difícil soltar uma peça, bater uma peça, ou desgaste de uma parte eletrônica do carro, ou suspensão”, reforça.
Além disso, a reposição de qualquer peça é rápida, segundo Eros Cordeiro. Isso porque a Imbra não terceiriza a compra dos equipamentos. “Normalmente as montadoras terceiriza o material, a aremida, o aço e o vidro. A Imbra faz tudo, então se houver algum problema com a blindagem, o que nunca ocorreu, também é melhor para a gente, porque não tem que procurar um fornecedor ou outro, já vem tudo certo”.
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Fonte: Novo Jornal
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