A febre do jogo Pokémon Go tem invadido as ruas do país, mas quem não resiste à captura desses monstros da realidade virtual durante o horário de trabalho deve repensar a prática, pois isso pode custar a vaga de emprego. O Pokémon Go usa realidade aumentada e GPS para levar os monstrinhos da Nintendo para o mundo real. Com a função GPS, os jogadores são avisados quando estão próximos à localização de algum monstrinho. O app então processa uma imagem virtual dos pokémons sobre o sinal obtido via câmera fotográfica dos aparelhos.
“Muitas empresas estão se queixando de funcionários que estão perdendo produtividade, pois estão usando o aplicativo durante o expediente, seja em escritórios, ambientes de fábrica ou até mesmo na rua, para aqueles que trabalham em funções externas. Esses trabalhadores podem ser punidos e, inclusive, demitidos por justa causa. Isso porque a própria CLT prevê que a queda do desempenho do empregado poderá gerar esse tipo de demissão”, explica Rafael Colônia, especialista em direito do trabalho, do escritório Aith Advocacia.
A fabricante de automóveis alemã Volkswagen tomou a decisão de proibir seus empregados de jogar Pokémon Go em qualquer espaço da sede central em Wolfsburg, na Alemanha. Em carta a seus 70 mil funcionários, a empresa alega que "falta de atenção" e a "distração" ao jogar Pokémon Go aumenta o risco de acidente de trabalho. Renato Falchet, especialista em direito eletrônico do mesmo escritório, esclarece que a empresa pode restringir o uso de aparelho celular dentro do ambiente de trabalho, seja por normas da própria empresa ou por acordos coletivos de trabalho. “Nos dois casos, se o empregado que ignorar a proibição da empresa poderá tomar advertência e até mesmo ser demitido por justa causa, em virtude de sua insubordinação”, alerta.
* Fonte: Marta Cavallini/G1

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