Banda tem seis shows no Brasil marcados. Três deles em São Paulo, nesta quinta-feira, 1º, sábado, 3, e domingo, 4.
Desde que a banda Scorpions anunciou que Sting in the Tail, disco de 2010, seria seu último e seria sucedido de uma turnê de despedida, a trupe veterana do hard rock alemão se apresentou 9 vezes em solo brasileiro – em São Paulo, foram quatro ocasiões. Um número considerável tendo em vista que a banda agora cinquentona iniciou suas vindas para terras brasilis em 1985, no histórico primeiro Rock in Rio, e tem um cartel de 34 shows por aqui – quase um terço dessas performances ocorrem depois do tal “acho que vamos descansar nossas jaquetas de couro”. A numeralha toda tem razão de existir. Apesar dos rumores de um novo fim do Scorpions, a banda segue firme, com um novo disco na mala, Return to Forever, lançado no ano passado, e, é claro, uma nova passagem por aqui. Klaus Meine (voz), Matthias Jabs (guitarra solo), Rudolf Schenker (guitarra-base), Pawel Maciwoda (baixo) e James Kottak (bateria) têm seis shows no Brasil marcados. Três deles em São Paulo, nesta quinta-feira, 1º, sábado, 3, e domingo, 4.
À reportagem, Jabs, responsável pelos solos venenosos do grupo desde que foi iniciada a escalada para a fama da banda, em meados dos anos 1970, falou sobre Return to Forever, um disco no qual o quinteto se propôs a recriar canções nunca lançadas, guardadas como sobras de estúdio ao longo dos 51 anos de carreira da trupe, além da própria longevidade impressionante dele e seus companheiros. Em 2017, a banda vai descansar, mas, de acordo com o guitarrista, parece impossível, para ele e para os fãs, que o Scorpions vá se dar por derrotado diante da idade. “Ainda temos fôlego”, diz o músico de 60 anos. Leia mais:
Por que voltar no tempo e resgatar essas sobras de estúdio e recriá-las para o novo disco?
Voltamos especificamente aos anos 1980 por uma razão. Era a época do vinil e cada um daqueles LPs tinha espaço para oito ou nove músicas. E, normalmente, fazíamos 25 músicas ou trechos para acabar com um número muito reduzido. Pelo menos, a ideia do processo todo era essa. É claro que, quando começa a ser criativo, as pessoas começam a criar novidades. Assim, também surgimos com canções inéditas para esse álbum.
Surpreende você o fato de que as canções novas sejam sonoramente similares às antigas?
Acho que isso tem a ver com o DNA do Scorpions. Tanto nas novas canções quanto nas velhas, ele se faz presente. Ele continua o mesmo, mesmo 30 anos depois daquelas gravações durante os anos 1980. É isso que encaixa tudo no disco.
Mas vocês mesmos eram pessoas diferentes naquela época.
Sim e os anos 1980 foram especiais demais para a gente. Foi quando aquilo hoje conhecido como classic rock se consolidou. E estávamos lá. Fazíamos parte disso e com ele nos desenvolvemos. Entenda, para a gente, era tudo uma grande diversão. Estávamos criando algo novo, era divertido viajar ao redor do mundo. A experiência é diferente agora, mas ainda amamos fazer isso.
Por falar nisso, desde 2010, ouço rumores ou declarações de algum integrante do Scorpions dizendo que a banda iria se aposentar. E, contra tudo isso, vocês estão lançando mais um disco e vindo novamente ao Brasil.
Acho que, quando começamos com isso, em 2010, anunciamos a aposentadoria cedo demais. Sabe, como uma banda de rock, não podemos ficar sentados em um banquinho. É preciso energia. E ainda temos fôlego. No ano que vem, deveremos tirar um tempo de descanso. São, afinal, sete ou oito anos consecutivos de turnês, mas não será o fim.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo/Portal no Ar
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