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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Com juro recorde no cartão, dívida de R$ 1 mil pode ultrapassar R$ 1 milhão em quatro anos

Do Estadão Conteúdo:

Taxa de juros do rotativo do cartão de crédito voltou a atingir um recorde. Segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quarta-feira, em setembro, na comparação com agosto, houve alta de 5,3 pontos percentuais, com a taxa em 480,3% ao ano, a maior da série iniciada em março de 2011. Neste ano, essa taxa já subiu 48,9 pontos percentuais.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Para citar um exemplo, se hoje um indivíduo tiver uma dívida de R$ 1 mil, aplicando o juros composto, em quatro anos o valor pode atingir a marca de R$ 1.133.992,76.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 2,5 pontos percentuais e ficou em 154,7% ao ano.

O juro do cheque especial também continuou a subir em setembro. A taxa subiu 3,8 pontos percentuais, de agosto para setembro, quando chegou a 324,9% ao ano, estabelecendo novo recorde na série histórica do BC, iniciada em julho de 1994.

Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 37,9 pontos percentuais em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.

Essas duas taxas — do cheque especial e do cartão de crédito — são as mais caras na pesquisa do Banco Central e estão bem distantes dos juros médios do crédito para pessoa física (73,3% ao ano, em setembro). A alta em relação a agosto foi de 1,5 ponto percentual.

A taxa do crédito pessoal subiu 2,8 pontos percentuais para 135,1% ao ano. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) ficou estável em 29,3% ao ano, em relação a agosto.
Fonte: Anna Ruth  

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