Quando assumir a Prefeitura de Mossoró em janeiro próximo, a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) vai receber um salario maior do que o do presidente da República, Michel Temer.
O contracheque da futura prefeita virá com vencimentos de R$ 30.339.
O do presidente, R$ 27.000.
Mossoró é uma das cidades brasileiras apontadas pelo jornal O Globo deste domingo, onde as Câmaras Municipais aprovaram, agora no fim de mandato, constitucionalmente, os salários dos próximos gestores. Porém, segundo a reportagem, com critérios questionáveis.
Os outros municípios citados são Maruim, no interior de Sergipe, onde o prefeito reeleito passará a receber 30 mil, e hoje o município está sob risco de ter as contas bloqueadas por atraso no pagamento da folha.
Também em Sergipe o que será o maior salário: no município de Santo Amaro das Brotas, com apenas 12 mil habitantes, o futuro prefeito vai ganhar R$ 33,000, quase o teto que é o salário de um ministro do STF, hoje de R$ 33.736.
Outro município sergipano está na lista: Ribeirópolis, com 18 mil habitantes, e salário de R$ 30.386 para o próximo governante.
No Ceará, o futuro prefeito empata com o de Santo Amaro de Brotas e terá também o maior salário de chefe do executivo municipal: R$ 33.000.
No Mato Grosso do Sul, o município de Chapadão do Sul, conhecido como ‘a capital do agronegócio’, o salário do futuro prefeito vai passar dos R$ 20.000 atuais para R$ 32.000.
Abaixo o trecho da reportagem do Globo que se refere a Mossoró:
Nem mesmo os orçamentos no vermelho e as despesas com pessoal acima do limite permitido por lei têm inibido a fixação de altos salários. Em Mossoró (RN), a discussão do subsídio de R$ 30.339 para o futuro prefeito, a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP), ocorreu em regime de urgência. O último balanço da cidade ao Tesouro Nacional mostrou que a prefeitura está gastando 57% da sua receita com folha de pagamento. O máximo permitido é 54%. O município tem parcelado os salários dos servidores este fim de ano. Na campanha eleitoral, Rosalba prometeu que, se eleita, abriria mão do reajuste.
“O reajuste foi necessário para que os auditores fiscais, que têm o salário atrelado ao do prefeito, tivessem aumento – justificou a vereadora Izabel Montenegro (PMDB).
Fonte: Thaisa Galvão
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