Meta é ter em Frankfurt, até o fim do ano, metade de suas reservas do metal
Reservas de ouro depositadas nos cofres do banco central da Alemanha em Frankfurt - Bundesbank / Divulgação/Via AFP |
FRANKFURT - A Alemanha acelerou o programa de repatriação de suas reservas de ouro estocadas no exterior durante a Guerra Fria para escapar do risco de o tesouro cair nas mãos dos soviéticos em caso de invasão — ameaça que desapareceu com a queda da Cortina de Ferro. Assim, em 2016, foram levadas de volta para Frankfurt 216 toneladas do metal.
Deste total, 111 toneladas estavam em Nova York, e 105 toneladas, em Paris, segundo o Bundesbank, o banco central alemão. Agora, a meta do governo é, até o fim de 2017, ter em seus cofres em Frankfurt metade das reservas de ouro do país — três anos antes do prazo inicial. A instituição nega que incertezas políticas com Brexit ou eleição de Donald Trump nos EUA tenha afetado o cronograma.
O projeto começou em 2013 com o objetivo de repatriar, até 2020, 674 toneladas de ouro para recuperar a confiança pública na segurança das reservas alemãs e para pôr fim aos temores de que elas poderiam não existir. Até agora, diz o site CNN Money, 642 toneladas já retornaram ao país.
No fim de 2016, o BC alemão tinha em seus cofres 47,9% das reservas do metal (1.619 toneladas). Quando todas as transferências programadas para 2017 acontecerem, esse percentual subirá para 50,6%. Outras 1.236 toneladas do metal continuarão depositados no Federal Reserve de Nova York, enquanto mais 432 toneladas permanecerão no Banco da Inglaterra, em Londres.
4% DO PIB EM OURO
O país já gastou € 6,9 milhões na repatriação das reservas, e outros € 500 mil ainda devem ser usados para concluir o programa.
A Alemanha acumulou a maior parte de suas reservas nos anos do padrão ouro, nas décadas de 1950 e 1960. Nessa época, com o bom desempenho das exportações, o país registrava grandes superávits em sua conta corrente, os quais eram transformados em barras de ouro.
No fim do ano passado, o Bundesbank tinha 3.378 toneladas de ouro, que valiam cerca de US$ 134 bilhões, em valores atuais. Isso representa 4% do Produto Interno Bruto (PIB) alemão em 2016. (Bloomberg News)
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