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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Reativação de bloqueadores de celular depende da segurança em Alcaçuz

Empresa faz levantamento de danos para iniciar reparos nas torres.
Estrutura elétrica foi a mais danificada durante as rebeliões.
Bloqueador de celular na Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Foto: Andrea Tavares/G1)

A reativação dos bloqueadores de celulares na penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, ainda não tem data para ser efetivada. A expectativa, porém, é que em aproximadamente 15 dias as torres estejam novamente funcionando.

Elas foram danificadas pelos presos, durante as rebeliões que tiveram início em 14 de janeiro. Entretanto, os reparos nas estruturas dependem da segurança dentro e fora do presídio para que os técnicos possam trabalhar.

O G1 entrou em contato com a empresa responsável pelos bloqueadores e foi informado que um levantamento de todos os danos está sendo feito, mas como algumas áreas específicas da penitenciária ainda exigem intervenção com maior segurança, o trabalho não foi finalizado.

De acordo com a empresa, os maiores danos foram causados na infraestrutura elétrica dos bloqueadores. As onze torres que fazem o bloqueio de sinal de celular em Alcaçuz foram instaladas no final do ano passado, sendo ativadas no início de dezembro.

Durante as rebeliões no mês de janeiro deste ano, porém, elas foram desativadas após os danos causados pelos presos. Com isso, os detentos passaram a ostentar aparelhos celulares livremente andando em cima dos pavilhões ou em outras áreas do presídio.

A retomada de controle da penitenciária começou a ser feita no dia 27 de janeiro, quando agentes de uma Força Tarefa de Intervenção Penitenciária entraram nos Pavilhões 4 e 5 e conseguiram controlar os presos no interior das unidades. Desde então, seis armas de fogo foram apreendidas, três espingardas calibre 12 de fabricação artesanal e centenas de armas brancas.

Na quarta-feira, dia 1º de fevereiro, agentes penitenciários do GOE e do plantão em Alcaçuz fizeram intervenção nos pavilhões 1, 2 e 3, onde também foram apreendidas mais de 600 armas brancas.

"Retomamos o controle da penitenciária. No pavilhão 5, o primeiro onde fizemos a intervenção, os presos já estão novamente atrás das grades. Algumas celas ainda precisam de reformas, mas todos os internos estão encarcerados", informou o secretário de Justiça e Cidadania do RN.

De acordo com ele, "no pavilhão 4, que foi invadido pelos presos do pavilhão 5, não há mais nenhum preso", acrescentou. Já nos pavilhões 1, 2 e 3, Virgolino disse que as celas ainda estão sem grades e que este serviço de reforma será realizado nos próximos dias, mas garantiu que todos os detentos estão trancafiados dentro dos pavilhões. "Não saem mais", afirmou.
Fonte: G1 RN

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