Alonso Bruno mora em Caicó, na região Seridó do Rio Grande do Norte. Ele nunca teve contato a família do pai, até encontrá-los pela rede social.
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Bruno e sua família potiguar, que agora ficará ainda maior (Foto: Arquivo pessoal) |
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Os desencontros da família começaram há 17 anos, quando a mãe de Bruno, Ana Maria, foi morar em São Paulo. “Ela pegou uma carona e foi parar em São Paulo. Lá, foi acolhida pelo pai de Bruno, ela estava sem casa e dormia em uma rodoviária. Eles tiveram um namoro e nasceu o Bruno, mas os dois não deram certo”, conta Franci Medeiros, tia de Bruno. A mãe do jovem então voltou para o Rio Grande do Norte e Bruno foi criado pelos avós, dona Maria Olimpia, uma lavadeira de roupas aposentada e seu Francisco Ananias, que trabalha em uma escola.
Franci conta que Bruno nunca deu trabalho aos avós. “Ele gosta de estudar, ler, é muito calmo e carinhoso. Um presente. Sempre tratou os avós como pais e não passa pela cabeça dele ir embora”, disse a tia do jovem.
“Quando eu tinha 12 anos levei o maior baque da minha vida. Minha mãe teve câncer de mama e não venceu a luta. Eu fiquei então só com meus avós, mas sempre lembrava do meu pai”, se emociona Bruno. Um dia o rapaz resolveu contar sua história de vida em um grupo de moradores da cidade de Araras, em São Paulo. Segundo Bruno, várias pessoas começaram a se manifestar na postagem. “Eu tinha o nome do meu pai, sabia a cidade onde ele morava e nunca perdi as esperanças. Fui lá e postei”, conta o jovem
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Bruno e sua mãe, na última foto que tiraram juntos (Foto: Arquivo Pessoal) |
O rapaz, que antes brincava, brigava e convivia com quatro irmãos, agora incluiu mais onze nomes na lista. Os novos parentes são de Araras, que também é a cidade natal de Bruno. Ele conta que ainda está decorando o nome de todo mundo, mas a família nova foi muito receptiva. Por meios eletrônicos a família tenta recuperar o tempo perdido, enquanto a hora do encontro não chega. “Já temos até um grupo no WhatsApp”, conta, entusiasmado.
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Os avós de Bruno, dona Maria e seu Francisco (Foto: Arquivo pessoal) |
Do tempo em que ficaram afastados, não resta nenhuma mágoa. Bruno afirma que o melhor é focar no futuro. “Se deus quiser vai dar tudo certo para eu encontrar minha família nas férias”, comemora. Até o momento, Bruno ainda não teve contato direto com o pai, mas com irmãos fala constantemente. Quando questionados sobre a possibilidade de fazer um teste de paternidade, Bruno e sua tia respondem que o importante é deixar a vida tomar seu rumo e com o tempo as coisas vão se ajustar.
Fonte: G1 RN
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