Quem disse que a responsabilidade pela prevenção da natalidade é algo exclusivo da mulher? Além de ser um importante método contraceptivo, a camisinha também ajuda na prevenção de várias doenças sexualmente transmissíveis. Porém, muitos homens não costumam adotar esse método anticoncepcional. A boa notícia é que, em breve, poderemos ter um novo contraceptivo masculino no mercado.
O Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano Eunice Kennedy Shriver (Nichd), dos Estados Unidos, está desenvolvendo um gel anticoncepcional masculino que bloqueia, temporariamente, a produção de esperma no corpo. Em abril deste ano, o novo produto deverá ser testado em 400 casais voluntários. A informação foi divulgada pela agência italiana de notícias Ansa.
Segundo o Nichd, o gel contraceptivo deverá ser testado durante um período de quatro anos e vai envolver, além dos Estados Unidos, pesquisadores da Itália, da Grã-Bretanha, do Chile, da Suécia e do Quênia.
O produto, que recebeu o nome de NestoroneGel, é composto por dois hormônios sintéticos: testosterona e progestagênio, derivado da progesterona. Este último é capaz de impedir que os testículos produzam testosterona o suficiente para manter o esperma em quantidade normal. Por sua vez, a testosterona sintética ajuda a mater o equilíbrio hormonal, sem induzir a produção de espermatozoides.
Para os testes de abril, os voluntários devem aplicar o gel nos braços e nas costas, diariamente. “Não é um grande esforço. Só é necessário lembrar que é preciso usá-lo todos os dias”, explica Diana Blithe, diretora do programa de desenvolvimento de contraceptivos do Nichd, em entrevista para a Ansa.
Ainda de acordo com o instituto Eunice Kennedy Shriver, nos primeiros quatro meses do teste, enquanto os voluntários estão usando o anticoncepcional, suas mulheres também manterão alguma forma de contracepção. Quando os níveis de espermatozoide caírem para menos de um milhão por mililitro, reduzindo drasticamente as chances de gravidez, o casal poderá usar apenas o gel como o principal anticoncepcional, pelo período de um ano.
Fonte: Revista Encontro
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