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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Vacina contra o câncer capaz de eliminar tumores em todo o corpo entra em fase de testes em humanos.

Uma vacina contra o câncer que ataca tumores em todo o corpo está entrando em testes em seres humanos.
Uma equipe da Universidade de Stanford, que desenvolveu um dos tratamentos de câncer mais utilizados nos dias atuais, afirma que apenas uma injeção em um tumor desencadeia uma resposta defensiva no corpo inteiro, atacando todos os outros tumores que podem ter se espalhado pelo organismo.

A injeção é uma combinação de dois componentes capazes de ativar o sistema imunológico do paciente para combater o câncer.

Depois de efetivamente eliminar a disseminação mais distante de câncer em camundongos, os dois autores principais agora estão recrutando pacientes com linfoma para um ensaio clínico.
Uma vez que a vacina local for aplicada, os pesquisadores insistem que a mesma é econômica e improvável de causar efeitos colaterais adversos em comparação aos outros tipos de simulação imune.

“Quando usamos dois agentes juntos, vemos a eliminação de tumores em todo o corpo”, disse o autor principal Ronald Levy, MD, professor de oncologia, cujo laboratório desenvolveu a conhecida Rituximab, uma forma de quimioterapia amplamente utilizada no mundo todo.

“Esta abordagem ignora a necessidade de identificar alvos imunes específicos de tumor e não requer ativação de ataque do sistema imunológico ou a personalização das células imunes de um paciente”.

De acordo com a equipe, uma dose pode funcionar para muitos tipos diferentes de câncer.

Enquanto algumas abordagens estimulam todo o sistema imunológico, outras visam certas áreas para impedir que o câncer se desvie para outros locais, ao passo que outras (como a terapia recém-aprovada com células T CAR) removeram as células imunes do corpo para englobá-las geneticamente.  Todos esses procedimentos foram bem sucedidos.

Mas todos têm ressalvas, sejam eles difíceis de preparar, longos para administrar ou terem seus efeitos colaterais: “Todos esses avanços de imunoterapia estão mudando a prática médica”, disse Levy.
“Nossa abordagem usa uma aplicação única de quantidades muito pequenas de dois agentes para estimular as células imunes, apenas dentro do próprio tumor. Nos camundongos, vimos efeitos surpreendentes no organismo, incluindo a eliminação de tumores em todo o animal”.

O método funciona reativando as células T específicas de câncer, injetando quantidades de micrograma (um milionésimo de grama) de dois agentes diretamente no local do tumor. O primeiro, um curto trecho de DNA, trabalha com células imunes próximas para aumentar a expressão de um receptor ativador na superfície das células T.

Já o segundo, um anticorpo que se liga ao receptor, ativa as células T para atacar as células cancerígenas. Ao injetá-lo diretamente no tumor, ocorre uma espécie de treinamento das células T, que já reconhecem o câncer por já estar presente no processo.

“Esta é uma abordagem muito bem direcionada”, disse Levy.

"Somente o tumor que compartilha os mesmos alvos protéicos exibidos no local tratado é afetado. Estamos atacando alvos específicos sem ter que identificar exatamente quais proteínas as células T estão reconhecendo”.

Para o julgamento, Levy planeja recrutar 15 pacientes com linfoma de baixo grau. Se bem sucedido, Levy acredita que o tratamento pode ser útil para muitos tipos de tumores, podendo inclusive impedir que os mesmos se espalhem.

“Eu não acho que haja um limite para o tipo de tumor que somos capazes de tratar”, disse Levy.

 Fonte:  Jornal Daily Mail

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