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sexta-feira, 4 de maio de 2018

Conheça o Palácio Tangará, um Hotel de luxo que tem diárias de até 38,200 reais

Cercado pelo Parque Burle Marx, empreendimento tem restaurante de chef premiado e vista privilegiada

Vista aérea da construção: 30 000 metros quadrados (Leo Avelar/Blog Por Onde Ando/Veja SP)
É difícil ficar indiferente. Para onde quer que se vire, há um cenário mais bonito que o outro. Tudo de muito bom gosto e visivelmente requintado — mas na medida, sem “gritar” aos olhos. O Palácio Tangará consiste em um hotel sui generis na capital.


Palácio Tangará: pensado originalmente na cor terracota, área externa recebeu cor off white (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Inaugurado no início de maio, o estabelecimento tipo cinco-estrelas instalado no Panamby é abraçado pelo Parque Burle Marx. A vegetação típica da Mata Atlântica ao redor traz ares de refúgio, em um ambiente que mal parece fazer parte de São Paulo. Tantas qualidades, é claro, não vêm de graça. Um seleto grupo pode aproveitar as regalias.

Quer relaxar em um dos 141 quartos do local? A diária não custa menos de 1 575 reais. Se preferir esbanjar (bem) mais: a suíte chamada royal, de 528 metros quadrados, 250 deles de terraço, vale até 38 240 reais a estadia. É a mais cara da metrópole. Aproxima-se disso apenas o pernoite no principal quarto do Tivoli Mofarrej, nos Jardins, a 30 000 reais.

Assim, o local da Zona Sul deve virar destino de personalidades, políticos e artistas. “O Tangará faz o estilo hotel boutique, como o Fasano e o Emiliano, que trazem a imagem de glamour e exclusividade”, afirma Bruno Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo.

Ele explica que, apesar da crise, o segmento de luxo apresenta demanda e atrai turistas abastados, que impulsionam a economia local. “Esse público tem sede de qualidade, e dinheiro não é problema.” Os paulistanos podem aproveitar as instalações sem precisar se hospedar.

Uma das opções é virar “sócio” do negócio, nos moldes de um clube. Apenas 100 carteirinhas foram disponibilizadas em um primeiro momento, ao custo de 18 000 reais pelo pacote anual. Elas dão direito a usar a academia, as piscinas externa e interna (com fundo de mármore) e a desfrutar o spa com preços mais camaradas.

Esse último também fica disponível a visitantes. Uma massagem de uma hora com produtos da grife Sisley, por exemplo, custa 580 reais. Há ainda nove salas destinadas a eventos. O amplo salão de baile com capacidade para 530 convidados tem aluguel estimado em 85 000 reais. Antes mesmo da abertura, a área contabilizou quinze festas de casamento para os meses seguintes.

O hotel traz ainda algo inédito por aqui: um restaurante com menu assinado pelo francês Jean-Georges Vongerichten, cujo currículo ostenta três estrelas do Guia Michelin, publicação que é referência no universo gastronômico. Pouco antes de abrir, o chef passou uma semana em São Paulo para acertar os detalhes finais.

Ele incluiu matérias-primas brasileiras nas receitas contemporâneas de pegada asiática, como mandioquinha e tapioca — o menu degustação de seis tempos vale 420 reais. Na capital, visitou o Mercadão a fim de conhecer novos ingredientes e bebericou três caipirinhas de limão. “Descobri que duas é meu limite”, brincou ele, responsável ainda pela comida do serviço de quarto e do bar.

Vongerichten deixa a cozinha aos cuidados de Pascal Valero, chef executivo que também veio da França e com experiência em casas como Le Coq Hardy, NB Steak e Kaá. O Tangará assume o posto de primeiro hotel da bandeira alemã Oetker Collection na América Latina.

Fonte: /vejasp.abril.com.br

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