No panfleto de divulgação, um adolescente figura como uma das atrações. MPCE verificou "nítida conotação sexual e alto teor de erotismo e pornografia"
(Foto: Whatsapp O POVO Online) |
O panfleto de uma festa em Beberibe que circulou no Whatsapp chamou atenção por uma propaganda pouco comum. O "Forró da Mini Saia" oferece um prêmio de R$ 150 à mulher que comparecer com a saia mais curta. No flyer de divulgação, um adolescente figura como uma das atrações. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) considerou que o evento tem “nítida conotação sexual e alto teor de erotismo e pornografia”.
O POVO Online entrou em contato com algumas empresas que estavam no panfleto como apoiadoras do evento. A Tijuca Alimentos e o Priscila Café manifestaram não ter conhecimento sobre a festa. A reportagem também entrou em contato com o MPCE. O órgão informou que a Promotoria de Justiça de Beberibe instaurou na última quinta-feira, 19, “um procedimento administrativo a partir do panfleto e notificará a produtora do evento, o dono do espaço e os responsáveis pelos supostos adolescentes, para apurar os fatos”.
Um participante da banda Forró do Malino, uma das atrações presentes no panfleto, conhecido como Bruno Malino, informou à reportagem que não sabia que a temática do evento poderia causar problemas e que outras festas do tipo já foram realizadas. Disse, ainda, que o cantor adolescente não mais participará da festa, não explicando, no entanto, a motivação. O POVO Online entrou em contato com o pai do jovem, mas ele preferiu não se manifestar.
Ao saber que o MPCE teve conhecimento da festa por meio do O POVO Online, Bruno Malino ameaçou entrar com processo contra o jornal, dizendo que seu advogado estaria atento a citações de seu nome ou da banda na mídia. Em áudio, disse que ele iria "até o fim”.
Segundo o MPCE, a festa contraria as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e legislações protetivas da infância e juventude. Caso a Promotoria de Justiça de Beberibe encontre irregularidades na investigação, o órgão adotará as medidas legais cabíveis, com a expedição de recomendação, podendo ingressar com uma ação civil pública, com o objetivo de evitar que o evento ocorra, além de, eventualmente, punir os responsáveis.
Redação O POVO Online
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