O amor pelo ofício veio para o curitibano Juliano Santos à primeira vista – literalmente. Filho de um profissional da saúde visual que desde 1948 trabalha no ramo, e estando ele próprio já há 30 anos trabalhando com os cuidados do olho, Juliano sempre procurou pela grande ideia que poderia ajudar as pessoas que sofrem de males da vista ou que perdem a visão no Brasil.
E ela veio, mas em um dia triste – foi quando do falecimento de seu avô, Adão, que ele imaginou uma máquina que pudesse ajudar as milhares de pessoas que podem prevenir doenças oculares com um simples teste, e com todo amor batizou a máquina de Adam, em homenagem ao avô.
Juliano e o Adam |
Dados mostram que a cada 5 segundos uma pessoa se torna cega no mundo, e a cada minuto uma criança perde a visão. Uma boa parte desses casos, no entanto, poderia ser revertida com um mero exame preventivo e o devido tratamento. Segundo consta, só no Brasil 750 mil casos seriam evitados se previstos em teste e tratados. Dos 60% de brasileiros que precisam de um exame de vista, porém, somente 15% de fato conseguem testar seus olhos – e é essa a realidade que Juliano e seu “robô” Adam pretendem alterar.
O Adam trata-se, portanto, de uma máquina que testa, de maneira automática, eficaz e instantânea a saúde dos olhos através de um teste simples e conhecido – o da leitura de linhas e imagens mais próximas e mais distantes em cartelas. O diferencial é que, de forma muito mais simples e rápida, a máquina oferece um primeiro diagnóstico a respeito da saúde de sua vista, indicando não só a necessidade ou não de uma visita ao oftalmologista, e uma primeira leitura sobre a gravidade de um eventual caso.
Primeiro é realizado um cadastro com dados pessoais, e em seguida uma rápida entrevista sobre dificuldades de leitura e visão. Em seguida o teste é enfim realizado, encaixando os olhos no local determinado, para realizar as possíveis leituras na máquina com base na tabela de Snellen, diagrama universal usado por oftalmologistas para determinar a saúde da vista. Os resultados são gerados na mesma hora, e sai impresso com um QR code que pode ser entregue diretamente ao médico.
Com menos de 1,5 quilos em um tamanho pequeno e portátil, o Adam foi planejado por Juliano para ser disposto em clínicas e postos de saúde, mas também em escolas, óticas e eventuais quiosques de vendas de óculos. Trata-se, portanto, de um exame inicial realizado pelo robô – justamente o tal exame que a maioria dos que precisam não fazem no Brasil, e que pode evitar doenças mais graves e até a cegueira. O resultado do teste é dividido em quatro categorias: nenhuma, pequena, média ou grande dificuldade de leitura. Esse primeiro diagnóstico não só indica a necessidade ou não de uma visita ao oftalmologista, como sugere já ao médico a situação inicial do paciente.
Sabendo o percentual de pessoas que no Brasil precisam de um exame, é possível medir não só o imenso público em potencial do Adam, como o impacto positivo que esse acesso direto e fácil pode provocar: por aqui, entre 130 e 160 milhões de brasileiros precisam realizar um teste.
As experiências que Juliano já realizou de venda e instalação do Adam em lojas e óticas representou não só uma melhoria na vida das diversas pessoas que utilizaram o robô, como um impacto positivo nas vendas dos estabelecimentos: a presença do Adam trouxe um aumento entre 20% e 50% para as óticas que o adquiriram. Além disso, a portabilidade do Adam permite que ele seja levado para lugares remotos e de difícil acesso a fim de ajudar pessoas que não costumam contar com atendimento médico.
Não é difícil de compreender os motivos pelos quais o investidor Caito Maia rapidamente se interessou pelo Adam quando Juliano levou seu robô ao programa Shark Tank Brasil, no qual empreendedores tentam convencer por meio de um pitching que os investidores se tornem sócios de suas empresas. Dono da Chilli Beans, a maior rede de óculos de sol da América Latina, o olho é o real mercado de Caito. Trata-se, portanto, não só de um assunto que ele entende, como de uma vitrine em potencial que pode verdadeiramente revolucionar o negócio de Juliano e a saúde de muita gente – são, afinal, mais de 800 pontos de venda da Chilli Beans no Brasil e no mundo.
Juliano no Shark Tank |
Ao lado dos investidores João Appolinário, Cristiana Arcangeli, Robinson Shiba e Camila Farani, Caito é um dos tubarões à procura de grandes ideias e sonhos nas mãos dos empreendedores certos, para que possa investir e ajudá-los a se tornar realidades lucrativas. Por isso Caito fez uma proposta difícil de ser negada para Juliano, convidando dois outros Tubarões, a fim de também se tornarem sócios da empresa, e fazer do Adam mais um produto que ganhou o mercado ou ampliou suas possibilidades depois de participar do Shark Tank Brasil – que vai ao ar toda sexta, no Canal Sony, às 22hs, com reprises aos domingos, às 23hs.
Para inovar e empreender, é preciso ter coragem, ousadia e acreditar na sua própria essência e potencial. Por isso, o Hypeness uniu forças com o programa Shark Tank Brasil, do Canal Sony, para contar histórias e dar dicas inspiradoras de quem conseguiu usar experiência de vida, muito trabalho e criatividade para ter sucesso com um negócio próprio.
Para tentar convencer os investidores, que no programa procuram negócios originais e inovadores, os empreendedores precisam se superar e, fora dos estúdios, a realidade não é diferente.
Fonte: www.hypeness.com.br
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