Moradora do Maracanã, Maria Emilia Boueri, de 54 anos, diz ter visto o artefato despencar nos fundos do palácio
Museu Nacional na Quinta da Boa Vista pega fogo - Uanderson Fernandes / Agência O Globo |
Do décimo sétimo andar de seu apartamento no Maracanã, a gestora em educação da Fiocruz, Maria Emilia Boueri Rossigneux, de 54 anos, avistou, da janela de seu quarto, por volta das 17h30 do último domingo, um "balão grande, com um formato diferente do comum, com uma espécie de rabiola", sendo rapidamente empurrado pelo vento até o Museu Nacional, que seria tomado por chamas poucas horas depois. Ela afirma que ele caiu na parte de trás do palácio. Duas horas depois, seu filho, João, chegou em casa e comentou sobre o incêndio.
— Não vi o início das chamas. Mas vi ele caindo atrás do museu. Vi o balão indo rápido, próximo ao telhado do prédio. Depois caiu atrás do Museu Nacional — conta Maria Emilia, que afirma não ter dúvidas da causa do incêndio.
Os relatos que ela escutou foram de que o fogo começou de cima. Ela se surpreendeu que os vigilantes não tenham se dado conta das primeiras chamas, nem da queda do balão.
— Tenho certeza que foi por causa do balão. A gente têm vista limpa daqui. Não há nada em volta. O incêndio foi por causa do balão, foi um acidente, infelizmente — reforça a testemunha.
— A janela fica de frente para o meu quarto. Eu vi e mostrei para o meu filho. Foi o tempo dele ir à rua e voltar. Chegou me falando: "mãe, lembra o balão que você me mostrou caindo? o museu está pegando fogo!
Ela disse que o balão tinha um formato hexagonal, era laranja e tinha uma rabiola comprida, sem qualquer desenho estampado.
— Aqui em casa eu sempre filmo tudo, foi uma pena que eu não tenha conseguido filmar este balão — lamentou, por fim.
A Defesa civil afirmou que a perícia será feita apenas após o término do trabalho dos bombeiros, que rescaldam o palácio.
Fonte: oglobo.globo.com
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