O ex-policial é condenado a 34 anos de prisão por envolvimento no caso da modelo Eliza Samudio e na morte de um carcereiro em Contagem
Por G1 Minas
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o pedido de habeas corpus do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele foi condenado 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Bola também cumpre pena de 12 anos pelo assassinato do carcereiro Rogério Martins Novelo.
De acordo com a decisão do desembargador Jayme Correa Camargo, da 4ª Câmara Criminal, não houve tempo hábil para analisar o processo, já que o Enem acontece nos dias 4 e 11 de novembro. Mesmo assim, o benefício não pode ser concedido porque ele ainda cumpre pena em regime fechado.
O desembargador sugeriu que ele se inscreva na próxima edição do Enem dedicado às pessoas privadas de liberdade, o chamado Enem PPL, já que as inscrições para esta modalidade se encerraram no dia 5 de outubro.
Marcos Aparecido dos Santos teve pedido de habeas corpus para fazer o Ebem negado pela Justiça. — Foto: Pedro Triginelli / do G1 MG |
A defesa de Bola não foi encontrada para falar sobre o assunto.
Morte do carcereiro:
Segundo a denúncia do MP, em maio de 2000, Bola atirou contra o carcereiro Rogério Martins Novelo, que estava dentro de um veículo, em frente ao local onde trabalhava. Para o Ministério Público, o crime teria sido encomendado, já que o réu e a vítima não se conheciam.
A Justiça informou que o ex-policial foi reconhecido em 2010 pela irmã de Novelo, que presenciou o crime. Ela identificou Bola como o responsável pela morte do irmão, depois que viu sua imagem sendo veiculada na imprensa pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio.
Caso Eliza:
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a 2 anos e meio também em regime aberto.
Fonte: Por G1 Minas
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