De acordo com entidade, Estado não paga convênio desde o início do ano. Mais de 150 profissionais suspenderam atendimentos em hospitais privados que têm convênio com o SUS.
Hospital Memorial de Natal foi um dos que teve serviços afetados por paralisação de médicos cooperados. — Foto: Hospital Memorial/Divulgação |
Por Igor Jácome, G1 RN
Ao todo, 156 profissionais ligados à Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed) paralisaram os procedimentos de alta e média complexidade em unidades de saúde do estado. De acordo com a instituição, o motivo é a falta de pagamento, enfrentada desde o início do ano. Uma reunião foi marcada para esta sexta-feira (5).
Segundo a cooperativa, os profissionais atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades privadas que têm convênio com o estado - caso do Hospital do Coração de Natal, no Hospital Infantil Varela Santiago, no Instituto do Coração de Natal - (Incor), na Prontoclínica Dr. Paulo Gurgel, na Liga Norte-Rio-Grandense contra o câncer, no Hospital Memorial e na Clínica Ortopédica de Natal.
De acordo com a Coopmed, os médicos só recebem paciente críticos, porque o último pagamento recebido do estado foi o referente a dezembro do ano passado. A paralisação começou às 7h da última terça-feira (2). Apenas uma das unidades afetadas, o Hospital Memorial informou que realiza uma média de 340 cirurgias ortopédicas por mês.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) afirmou que "está acompanhando o processo assistencial da ortopedia do Estado, juntamente com a Secretaria de Saúde de Natal, no que se refere aos contratos com os hospitais privados, já tendo, inclusive, uma reunião marcada para hoje, sexta-feira (5), à tarde, onde será apresentada uma agenda para equacionar a parte de responsabilidade financeira que cabe ao Governo".
O G1 voltou a questionar a cooperativa se o município também tinha atrasos. A entidade informou por meio de sua assessoria de imprensa que sempre as pastas têm atrasado repasses, mas a razão da atual paralisação é o grande atraso por parte do Estado.
Fonte: G1RN
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