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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Uso de cobre em hospitais é capaz de reduzir infecções em até 58%

Metal elimina naturalmente e de maneira permanente a maior parte dos micro-organismos que causam doenças, inclusive a 'superbactéria' MRSA 
Revestimento é aplicado em forma de adesivo em locais suscetíveis à contaminaçãoDivulgação/Alcora
As infecções hospitalares, adquiridas pelo paciente durante a permanência em um estabelecimento de saúde e que ocorrem mais de 48 horas após a admissão no centro, afetam milhões de pessoas todos os anos, causando milhares de mortes.


Para resolver esse problema de saúde pública, alguns hospitais e centros de saúde estão incorporando em suas instalações o cobre antimicrobiano (CAm), com base em um metal cuja capacidade de eliminar microorganismos nocivos é conhecida há milhares de anos.

O CAm, aprovado pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA), pode prevenir até 58% das infecções hospitalares, de acordo com um estudo realizado em três hospitais dos EUA pelo médico Bill Keevil e sua equipe, da Universidade de Southampton (Reino Unido).

Ficou demonstrado que esse material elimina em minutos a 'superbactéria' MRSA - Staphylococcus aureus, resistente a vários antibióticos comuns.

"Foi demonstrado que o CAm é eficaz contra vírus, fungos e a grande maioria das bactérias que entram em contato com este material, ao contrário do que acontece com outras superfícies com terminações de aço inoxidável, plástico ou prata", afirma à Alcora, empresa especializada em cobre antimicrobiano.

"Este material não apenas carece de produtos químicos que podem ser tóxicos, mas também mantém sua ação antimicrobiana após exposição contínua a produtos de limpeza e fatores ambientais", informa Miguel Efe Sánchez, CEO da empresa, à Efe.

Leia também: Nova terapia promete reduzir mortes por infecção generalizada

Ele também explica que bactérias, leveduras e vírus morrem rapidamente quando entram em contato com superfícies de cobre, quando há uma série de alterações bioquímicas entre a superfície do metal e os microorganismos, o que os induz à morte e que essa propriedade antimicrobiana é intrínseca a este material.

"Seu uso em elementos que facilitam a contaminação com microorganismos em recintos com pacientes sensíveis foi introduzido com sucesso em vários hospitais e centros de saúde em todo o mundo", acrescenta.

"A aplicação massiva do CAm em hospitais e centros médicos altamente técnicos do futuro seria um cenário ideal", segundo Sánchez. "A ação biocida do cobre é amplamente reconhecida em vários estudos científicos, que demonstram como esse material atua de maneira contínua, eficiente e rápida contra bactérias, vírus e qualquer tipo de microorganismo", enfatiza.
Até interruptores podem ser revestidos Divulgação/Alcora
“O CAm pode desempenhar um papel fundamental em áreas hospitalares sensíveis, como as unidades de terapia intensiva [UTIs], onde há pacientes em situações delicadas, muitos deles com sistema imunológico enfraquecido”, ressalta o executivo.

Segundo Sánchez, “basta aplicar folhas finas deste material em superfícies críticas para garantir sua ação antimicrobiana".

"Essas folhas têm 0,05 mm de espessura e uma película autoadesiva no lado oposto à sua exposição. Sua instalação e manutenção são muito simples e econômicas”.

O executivo afirma ainda que o investimento feito na instalação desse tipo de revestimento é "insignificante em comparação às despesas de diárias de hospitalização que implicam o prolongamento da permanência do paciente".

O CAm está sendo testado com sucesso no Chile, na UTI do Hospital Doctor Sotero do Rio Santiago; no Reino Unido, em alguns hospitais onde as doenças hospitalares aumentaram; e nos EUA, em hospitais da Carolina do Sul, entre outros lugares, relata Sánchez.

“Dois dos projetos-piloto com o CAm na Espanha foram realizados na área de Fibrose Cística do Hospital Universitário Vall d´Hebrón, em Barcelona, ​​e no Hospital Universitário de Navarra, verificando como a instalação deles reduziu a contaminação microbiana e o risco de contrair uma infecção. infecção hospitalar ”, diz.

Áreas de aplicação:
Nos projetos de teste, as películas foram instaladas nos trilhos das camas hospitalares, suportes, maçanetas de mesas, armários, teclados de computador e botões de chamada.

“As chapas de cobre autoadesivas também são aplicadas na proteção de alças, toalheiros, porta-rolos, torneiras e interruptores elétricos no banheiro, foco especialmente sensível às bactérias. Isso desinfecta superfícies continuamente e impede a proliferação de bactérias", relata Sánchez.

"Também é aconselhável proteger os elementos do uso habitual do pessoal de saúde, como o estetoscópio e até os próprios celulares, são suscetíveis a esse tipo de proteção", diz ele.

Esse metal não recebe nenhum tipo de tratamento para aumentar sua capacidade natural de eliminar microorganismos, pois é um antimicrobiano muito poderoso, capaz de destruir as bactérias presentes em sua superfície em poucos minutos.

"É algo que nossos antepassados ​​já conheciam, por exemplo, mães, que milhares de anos atrás colocaram a água que deram aos filhos em recipientes de cobre, porque provaram que assim os pequeninos não adoeciam", lembra.

Segundo Sánchez, foi demonstrado que a bactéria Escherichia coli pode sobreviver até 20 dias em uma superfície de aço inoxidável, enquanto esse patógeno é eliminado em apenas 10 minutos, quando está em contato com uma superfície de cobre.

Fonte: https://noticias.r7.com/

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