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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Natal adota medicamento antiparasitário 'como prevenção à Covid-19' para profissionais de saúde

Novo protocolo da SMS também adere uso de Cloroquina, Hidroxicloroquina e Azitromicina em pacientes com sintomas da doença.
Sede da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) — Foto: PMN/Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal fornecerá o remédio Ivermectina, um antiparasitário, para profissionais da saúde, como medida de “prevenção” à Covid-19. A ação faz parte de um novo protocolo, que também vai adotar, para o tratamento dos sintomas da doença, a ministração dos medicamentos Hidroxicloroquina, Cloroquina e Azitromicina. As novas medidas começam a ser aplicadas a partir da semana que vem.

O secretário George Antunes, titular da pasta, conta que a SMS distribuirá gratuitamente a Ivermectina para os profissionais da saúde do Município, que poderão adotar, ou não o uso.

De acordo com Antunes, a medicação servirá para prevenir o contágio novo coronavírus, para esses profissionais que estão na linha de frente do combate à doença. “Independente de sintomatologia, porque vai ter uma ação muito mais profilática, uma ação muito mais de prevenção, independente de apresentar sintoma”, alega o secretário.

Questionado se a droga funciona como uma vacina, jé que será usado para prevenir a infecção, ele disse que não. “Não seria bem uma vacina, porque ele vai tomar esse medicamento mais de uma vez. São medicamentos que vai ter que tomar com certa regularidade. Está sendo preconizado pelo peso corporal”, explica.

A ação vai começar com os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Depois será disponibilizado também para quem trabalha nas unidades básicas.

Tratamento de pacientes

De acordo com George Antunes, o novo protocolo relacionado aos pacientes vai ter início nas unidades básicas. “Estamos implantando nas unidades básicas de horário estendido, inicialmente, porque lá nessas unidades nós temos uma sala de priorização de atendimentos, onde a gente estende como um braço da UPA, com atenção primária, fazendo um trabalho de prevenção”, adianta.

Ainda segundo Antunes, dentro dos novos procedimentos, o trabalho começa com os agentes comunitários, para identificar possíveis pacientes contaminados. Os agentes vão visitar as casas que eles saibam que têm pessoas doentes que podem ter a Covid-19.

Essa triagem ocorrerá através das estratégias de saúde da família. Em seguida, esses pacientes, ainda suspeitos, serão direcionados para as unidades básicas de saúde da região em que moram.

“Nessas unidades, faremos os exames ambulatoriais, como eletrocardiograma, e a consulta médica. Com tudo isso feito antecipadamente, no mesmo dia, o médico decide se esse paciente precisa ser medicado. Caso ele precise, implantamos esse protocolo, que é feito pelo Comitê Científico (Municipal), aprovado pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Regional de Medicina”, detalha.

Nas unidades básicas também será feito um teste rápido para identificar o vírus no organismo. O secretário George Antunes diz que a prefeitura da capital potiguar adquiriu 20 mil testes, para serem aplicados.

Segundo George Antunes, a esses pacientes será ministrada a hidroxicloroquina, ou a cloroquina mais a azitromicina. “Dependendo do caso clínico, podemos fazer a associação (dos medicamentos) ou não”, acrescenta.

O secretário diz que essa associação dos remédios depende dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa possivelmente infectada. “Por exemplo: febre mais tosse seca mais falta de olfato. Então a gente inicia o protocolo. É só febre com dor no corpo? É só diarreia? Então tem um score que nós fazemos para aplicar a medicação, ou não. Esse score é determinado na mesa do médico”, exemplifica o titular da Secretaria de Saúde de Natal.

George Antunes reforça que a escolha por ministrar as medicações fica a cargo do médico, mas que o paciente também pode se recusar a aderir ao tratamento. “Temos um termo de consentimento pronto, que o paciente tem que ser orientado e aceitar, ou não o tratamento”.
Fonte: G1 RN

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