Empresa original, fundada há 75 anos, na França, entrou em recuperação judicial após período de seis meses em observação.
A Nadir Figueiredo, a qual pertence a Duralex no Brasil desde 2011, quando a fabricante brasileira comprou a Santa Marina e incorporou, além da própria Duralex, a Marinex, garantiu que recuperação judicial da fábrica francesa não terá efeitos no país. Mais cedo, o jornal Le Monde divulgou que a a Duralex, conhecida por seus vidros temperados exportados para diversos países, entrou em recuperação judicial. No Brasil, a marca é lembrada pelos pratos, copos e vasilhas em tom escuro, quase marrom.
"A marca Duralex na América do Sul pertence à Nadir Figueiredo, empresa brasileira consolidada há mais de 108 anos no mercado", disse a Nadir Figueiredo, em nota. "Os produtos da marca Duralex como os pratos, xícaras e a linda linha de mesa Duralex Opaline continuarão trazendo beleza à mesa dos consumidores", informou à Folha de S.Paulo
Em 2019, a Nadir foi comprada por uma gestora de fundos americana, a HIG Capital.
Entenda:
A recuperação judicial da Duralex na França foi confirmada pelo tribunal de comércio da cidade de Órleans, na quarta-feira (23). Antes, segundo o jornal Le Monde, houve um período de observação de seis meses.
A sede da empresa fica na cidade de La Chapelle-Saint-Mesmin, no estado francês de Loiret. Antoine Ioannidès, presidente da Duralex, disse que os 248 funcionários continuarão trabalhando e recebendo seus salários.
Em comunicado encaminhado aos funcionários, a empresa afirmou que as dívidas foram congeladas no dia da abertura do procedimento de recuperação judicial. "Depois que os representantes legais fizerem o levantamento de todos os créditos, a empresa terá como apresentar o plano de recuperação", disse a Duralex, na nota.
A empresa vinha sofrendo com grandes problemas de caixa desde que precisou reduzir, por mais de um ano, sua produção devido a um problema em um forno em 2017.
Ao jornal francês Le Monde, Antoine Ioannidès disse que essa situação foi agradava pela crise do coronavírus. "Nós perdemos cerca de 60% de nossos negócios com a interrupção das exportações, que representavam 80% de nossa atividade", afirmou. Segundo ele, potenciais compradores apareceram.
Fonte: O Tempo
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