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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Dona da Duralex no Brasil, Nadir Figueiredo garante continuidade de produtos

Empresa original, fundada há 75 anos, na França, entrou em recuperação judicial após período de seis meses em observação.
A Nadir Figueiredo, a qual pertence a Duralex no Brasil desde 2011, quando a fabricante brasileira comprou a Santa Marina e incorporou, além da própria Duralex, a Marinex, garantiu que recuperação judicial da fábrica francesa não terá efeitos no país. Mais cedo, o jornal Le Monde divulgou que a a Duralex, conhecida por seus vidros temperados exportados para diversos países, entrou em recuperação judicial. No Brasil, a marca é lembrada pelos pratos, copos e vasilhas em tom escuro, quase marrom.

"A marca Duralex na América do Sul pertence à Nadir Figueiredo, empresa brasileira consolidada há mais de 108 anos no mercado", disse a Nadir Figueiredo, em nota. "Os produtos da marca Duralex como os pratos, xícaras e a linda linha de mesa Duralex Opaline continuarão trazendo beleza à mesa dos consumidores", informou à Folha de S.Paulo

Em 2019, a Nadir foi comprada por uma gestora de fundos americana, a HIG Capital.

Entenda:
A recuperação judicial da Duralex na França foi confirmada pelo tribunal de comércio da cidade de Órleans, na quarta-feira (23). Antes, segundo o jornal Le Monde, houve um período de observação de seis meses.

A sede da empresa fica na cidade de La Chapelle-Saint-Mesmin, no estado francês de Loiret. Antoine Ioannidès, presidente da Duralex, disse que os 248 funcionários continuarão trabalhando e recebendo seus salários.

Em comunicado encaminhado aos funcionários, a empresa afirmou que as dívidas foram congeladas no dia da abertura do procedimento de recuperação judicial. "Depois que os representantes legais fizerem o levantamento de todos os créditos, a empresa terá como apresentar o plano de recuperação", disse a Duralex, na nota.

A empresa vinha sofrendo com grandes problemas de caixa desde que precisou reduzir, por mais de um ano, sua produção devido a um problema em um forno em 2017.

Ao jornal francês Le Monde, Antoine Ioannidès disse que essa situação foi agradava pela crise do coronavírus. "Nós perdemos cerca de 60% de nossos negócios com a interrupção das exportações, que representavam 80% de nossa atividade", afirmou. Segundo ele, potenciais compradores apareceram.

Fonte: O Tempo

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