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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Produtores investem em plantação de cana-de-açúcar irrigada para fazer cachaça artesanal no sertão potiguar

Primeira colheita no Vale do Açu deve acontecer ainda em 2020, segundo empresários.
Plantação de cana-de-açúcar no Vale do Açu, no Oeste potiguar — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca


Por Hugo Andrade, Inter TV Costa Branca
Em meio a vegetação da caatinga, o verde do canavial se destaca. A plantação de cana-de-açúcar fica em uma propriedade na zona rural de Assú, no Oeste potiguar. Os dois hectares plantados se desenvolvem de forma satisfatória. Quem teve a ideia de começar o cultivo no Vale do Açu foi o engenheiro agrônomo Antonez Aquino.

“Não é comum no semiárido do nordeste o cultivo de cana-de-açúcar. A gente vê nas regiões litorâneas do estado, na Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Quando você adentra para o sertão, você não tem um plantio de cana por causa das condições climáticas. A precipitação anual é de 400 mm de água por ano. A cultura precisa de pelo menos 1200 mm”, explica o produtor.

Para resolver a barreira da falta de chuva periódica e viabilizar o plantio, o canavial é irrigado diariamente por meio da técnica de gotejamento, onde a água é aplicada de forma pontual através de gotas diretamente ao solo.

A irrigação nas lavouras de cana-de-açúcar ainda é pouco utilizada. Mas esse processo tem sido intensificado nos últimos cinco anos e interfere diretamente na produção.

No Rio Grande do Norte, a média de produtividade é de 47 toneladas por hectare - isso nas plantações de sequeiro, ou seja, aquelas que dependem da água da chuva. Com a irrigação, essa produtividade poderá ultrapassar as 100 toneladas.

Fonte: G1 RN

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