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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Se são traficantes, ‘você atira para matar’, diz presidente das Filipinas

Ordem de Rodrigo Duterte a chefe do serviço alfandegário faz parte de truculenta campanha contra tráfico de drogas.
Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, durante fala ao Congresso. 24/08/2020 Mark R. Cristino/EFE 
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que já assumiu ter matado outro homem, exigiu ao chefe da alfândega do país, Leonardo Guerrero, a morte de traficantes de drogas durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira, 01 de setembro. 

“As drogas continuam entrando em nosso país através da alfândega”, Duterte afirmou. O presidente filipino mencionou uma compra de armas aprovadas a pedido de Guerrero, e cobrou o chefe da alfândega para que as use.

“Eu aprovei a compra de armas e até agora você não matou ninguém? Faça isso”, disse. “Eu vou te apoiar e você não vai ser preso. Se são drogas, você atira para matar. Esse é o acordo.” 

Ao menos 5.700 já foram mortas durante a campanha truculenta contra o tráfico de drogas empregada por Duterte, na Presidência desde junho de 2016. O incentivo do mandatário levantou alarmes no Ocidente sobre possíveis crimes contra a humanidade estarem ocorrendo no país, uma vez que raras são as vezes que o devido processo legal é seguido. 

A Humans Right Watch (HRW) classificou a ordem como “selvagem”. Phil Robertson, vice-diretor da organização para a Ásia, pediu uma investigação comandada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). 

“A contínua carnificina explicita porque a comunidade internacional liderada pela União Europeia precisa agir decisivamente contra essa catástrofe nas Filipinas”, disse. 

Duterte promete continuar a campanha contra o tráfico de drogas durante seus mais dois anos de mandato. O presidente também é dono de diversas outras polêmicas. Além de ter xingado o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, o filipino também apareceu na televisão desejando um feliz Natal para os traficantes, uma vez que eles não viveriam para comemorar a data no ano seguinte. 

Fonte: https://veja.abril.com.br/mundo/se

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