O presidente declarou ao jornal Jakarta Post que a pena de morte é parte do sistema legal da Indonésia e frisou que outros países não devem interferir em sua política. “Nada vai intervir na execução da pena capital, porque é nossa soberania legal, nossa soberania política”, declarou.
Widodo também defendeu sua decisão de chamar o embaixador indonésio no Brasil, Toto Riyanto, após Dilma Rousseff se negar a receber suas credenciais. Em janeiro, a execução do brasileiro Marco Archer por tráfico de drogas gerou mal-estar entre os dois países, após Dilma ter falado com o presidente indonésio, pedindo clemência.
No mesmo período, o governo ignorou os apelos de clemência de diversos países e executou um indonésio e cinco estrangeiros do Malawi, Nigéria, Holanda e Vietnã.
O porta-voz da diplomacia indonésia, Armanatha Nasir, ressaltou que o país tem explicado ao Brasil, “em nível técnico, em nível ministerial e até em nível dos chefes de Estado”, que a condenação de dois brasileiros à pena de morte é uma questão de “implementação da lei” indonésia. “Esperamos que eles entendam isso”, acrescentou o porta-voz.
As execuções também deterioraram as relações entre a Indonésia e a Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, pediu clemência para dois australianos, recordando a ajuda prestada por Camberra ao país após o tsunami de 2004. Atualmente, 133 pessoas estão no corredor da morte na Indonésia, sendo 57 delas por tráfico de drogas. A data das execuções ainda não foi divulgada e devem ser anunciadas com 72 horas de antecedência.
Marcos Archer foi o primeiro brasileiro condenado a pena de morte no exterior. A condenação á pena capital foi questionada por entidades de direitos humanos alegando que este tipo de crime é punido com cadeia em quase todo o mundo.
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