Ao realizar a segunda reforma ministerial de 2015, a presidente Dilma Rousseff superou, em menos de cinco anos, o número de trocas feitas no primeiro escalão por seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, cujos mandatos duraram oito anos.
Pressionada pelas crises política e econômica, Dilma fez neste ano 39 trocas na sua equipe. FHC e Lula, em anos de dificuldade, chegaram a 23 (em 1999, ante a desvalorização do real) e 14 (em 2005, quando eclodiu o escândalo do mensalão).
De acordo com levantamento da Folha de São Paulo, a presidente nomeou 107 ministros –18 a mais que FHC e cinco a mais que Lula, sem contar os nove auxiliares que herdou do petista, dois no cargo até hoje: Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).
Com isso, Dilma teve até agora uma média de 21 novos ministros por ano, quase o dobro de FHC, cujo índice foi de 11 –um pouco abaixo do de Lula, com quase 13. A rotatividade na Esplanada dos Ministérios sob Dilma foi maior: Educação teve seis gestores, três deles só neste ano, enquanto Agricultura, Transportes, Pesca e Ciência e Tecnologia já atingiram a marca dos cinco titulares.
Por Robson Pires
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