A decisão do prefeito, no entanto, não foi confirmada até o fechamento desta edição. O coordenador da Defesa Civil de Pedra Preta, Guilherme Bandeira, disse que o estado de calamidade deveria ser decretado, porém o prefeito preferiu avaliar o parecer do órgão antes de tomar um posicionamento. O parecer elaborado pelo órgão local acerca dos imóveis, entre outros dados, aponta quais construções devem ser desocupadas e interditadas.
O prefeito Luiz Antônio Bandeira disse que a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros foram ao município de Pedra Preta e elaboraram laudo com conclusão semelhante ao apresentado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) na primeira quinzena de novembro, de que há casos que confirmam as rachaduras dos imóveis decorrentes dos tremores recentes.
O parecer da Defesa Civil municipal será levado em conta para decisão acerca do decreto de emergência, segundo Luiz Antônio Bandeira. “Há casas que realmente precisam de interdição, porque estão com as paredes todas rachadas”, afirmou. Apesar de as autoridades afirmarem que não há grandes riscos, o prefeito argumenta que a população não se sente segura para morar em um local cheio de rachaduras e que sofre com os abalos sísmicos imprevisíveis.
Na cidade, ainda segundo o prefeito, há 187 casas de taipa, que têm estrutura mais fraca e menos resistente. Luiz Antônio também diz que as casas não foram interditadas porque “as pessoas não têm para onde ir”. Para a reconstrução dos imóveis, ele deverá ir a Brasília na próxima semana para tentar negociar apoio com a Defesa Civil federal junto ao presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, buscando o custeio das reformas necessárias na cidade.
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Técnicos do laboratório foram na semana passada ao município para coletar dados que contribuirão na comparação da localização epicentral dos abalos que ocorreram neste ano e os registrados em 2010, quando houve tremores em menor intensidade, se comparados aos perceptíveis que vêm ocorrendo em grande quantidade e em um curto espaço de tempo desde o fim de outubro.
Eles devem voltar ao município para dar continuidade à coleta de dados, mas ainda não há uma data definida. Uma onda de tremores mais intensa teve início no fim de outubro, com sismos registrados frequentemente e em curtos espaços de tempo. A situação provocou medo na população de Pedra Preta.
Tribuna do Norte
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