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terça-feira, 30 de novembro de 2021

O MUNICÍPIO DE TANGARÁ FOI CONTEMPLADO COM O PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL "COMPUTADORES PARA INCLUSÃO' E IRÁ RECEBER UM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA COMPOSTO POR 10 COMPUTADORES

Nesta segunda-feira (29), nosso prefeito Doutor Airton juntamente com o Secretário do Gabinete Civil, Romão Clementino e a Secretária de Obras, Infraestrutura e Serviços Urbanos, Arilane Varela, foram ao evento do Programa Federal Computadores para Inclusão, atendendo ao convite do Ministro das Comunicações, Fábio Faria, para oficializar em solenidade, que a Escola Municipal Dr. Manoel Alves Irmão será contemplada com um laboratório de informática composto de 10 computadores.

A Secretária de Educação de Tangará, Profª Adriana Clementino, feliz com a notícia deu o seguinte depoimento: "A educação se faz através da busca por conhecimento e ver a gestão do Prefeito Doutor Airton ser reconhecida pelo Governo Federal através do Ministério das Comunicações, com esse laboratório de informática, nos faz crer num futuro melhor para nossos alunos pois sabemos da importância desses equipamentos na formação de cada um deles."

Na solenidade que também teve entregas dos programas Wi-Fi Brasil, Digitaliza Brasil e instalação de rede Infovia Potiguar, o Ministro Fábio Faria reiterou o compromisso do seu Ministério com a inclusão digital.
O Prefeito de Tangará, agradeceu a atenção que o nosso município vem recebendo e afirmou que investir na educação hoje é garantir um futuro melhor para todos.




segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Aos 80 anos, Benito Di Paula comemora volta aos palcos ao lado do filho

'Sambeiro pianeiro', Benito Di Paula chega aos 80 anos com grande obra que fala por si só.
Foto: http://screamyell.com.br/
Por Mauro Ferreira:
Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos

Popular na década de 1970, artista fluminense amplia o cancioneiro com o álbum de músicas inéditas 'O infalível zen' e tem a trajetória revista em ainda inédito tributo que inclui Criolo e Teresa Cristina.
Quando Benito Di Paula viveu o auge da popularidade ao longo dos anos 1970, com sucesso que se estendeu em menor escala até meados da década de 1980, houve quem diminuísse na imprensa musical o samba criado e tocado por esse cantor, compositor e músico fluminense ao piano.

Mal sabiam que, embora as críticas injustas e preconceituosas magoassem Benito, o próprio Uday Velloso – nome de batismo desse artista fluminense nascido em 28 de novembro de 1941 em Nova Friburgo (RJ) e criado no Rio de Janeiro (RJ) antes de partir para cidades de São Paulo, como Santos (SP) e a capital do estado – jamais se considerou sambista da dinastia de Martinho da Vila e Paulinho da Viola, ambos também com grande sucesso na década de 1970.
Foto: Murilo Alvesso / Divulgação
Benito sempre se rotulou publicamente como sambeiro. E também como pianeiro. Porque foi no toque percussivo do piano que Benito Di Paula fazia a própria batucada com suingue brasileiro que, de certa forma, antecipou o pagode paulista que seria propagado nos anos 1990 por grupos como Raça Negra com arranjos cheios de teclados.

E o fato é que o sambeiro pianeiro delineou assinatura singular na música do Brasil e chega hoje aos 80 anos com obra em processo de expansão e reavaliação. A ampliação do cancioneiro acontece com a edição do álbum de músicas inéditas O infalível zen, lançado estrategicamente neste domingo, 28 de novembro, dia do 80º aniversário de Benito.
Benito Di Paula na capa de álbum de 1976 com o visual típico dos anos 1970 — Foto: Reprodução / Capa de disco
Assinado pelo artista com o filho Rodrigo Vellozo e gravado sob direção artística de Romulo Fróes, o disco apresenta músicas como Ao mundo o que me deu, Um piano no forró, O jantar, Meu retrato – bolero composto em tributo ao cantor Nelson Gonçalves (1919 – 1998) – e Uma onda no tempo.

A revisão da obra (sempre avalizada pelo público) acontece em vindouro álbum dedicado pelo admirador Zeca Baleiro ao cancioneiro original de Benito Di Paula e em ainda inédito tributo coletivo que, sob a batuta de Romulo Fróes, junta outros admiradores como Criolo e Teresa Cristina.

De toda forma, a grande obra autoral de Benito Di Paula merece loas, e não somente no dia dos 80 anos do sambeiro, porque essa obra fala por si só.

Diplomado na escola noturna das boates, território onde constatou que o manuseio das teclas do piano surtia efeito de batucada, Benito Di Paula marcou época nos palcos dos auditórios dos programas de TV com o informal visual de gala composto por anéis, casacas, colares, gravatas borboletas, pulseiras e, claro, os cabelos longos e outrora cacheados. Quem viveu no Brasil ao longo dos anos 1970 lembra da figura de Benito

O cantor debutou em disco em 1967 e, há 50 anos, lançou o primeiro álbum, Benito Di Paula (1971), ao qual se sucedeu o segundo, Ela (1972), lançado um ano depois com o primeiro sucesso do artista, Violão não se empresta a ninguém (1972).

Contudo, o reinado de Benito Di Paula começou de fato em 1973 com dolente samba-canção, Retalhos de cetim, apresentado em single blockbuster naquele ano de 1973.

Retalhos de cetim foi o ponto de partida para o sucesso de obra que – calcada no mix do piano tocado pelo artista com instrumentos de percussão – rendeu sucessivos hits até 1984, mas sobretudo de 1973 a 1977.

Nesse período, foi impossível ignorar Charlie Brown (1974), Beleza que é você mulher (1974), Bandeira do samba (1975), Como dizia o mestre (1975), Vai ficar na saudade (1975), Tudo está no seu lugar (1976), Do jeito que a vida quer (1976, samba dos versos confessionais “...É que meu samba me ajuda na vida / Minha dor vai passando esquecida”), Assobiar e chupar cana (1977) e Proteção às borboletas (1977).

Apresentadas ao longo de quatro anos, no já mencionado período de 1973 a 1977, auge da carreira de Benito, essas músicas atestam o talento do compositor para fazer samba descolado da matriz do gênero, ainda que a assumida maior influência do sambeiro tenha sido a obra do bamba Ataulfo Alves (1909 – 1969).

Lançados em discos editados pelo cantor na gravadora Copacabana, na qual Benito permaneceu até 1980 e para a qual voltou brevemente em 1987 e em 1992, esses sucessos da década de 1970 são suficientes para garantir a imortalidade do agora octogenário Benito Di Paula na galeria dos criadores da música do Brasil.

Contudo, o cantor ainda emplacou eventuais hits na primeira metade da década de 80. Ah! Como eu amei, música dos irmãos Jota Vellozo e Nei Vellozo, garantiu a Benito bom lugar nas playlists de 1981. Parceria de Benito com Márcio Brandão Carneiro, Amigo do sol amigo da lua tocou bem nas rádios em 1984.
Benito Di Paula toca violão no álbum 'O infalível zen', disco assinado com o filho Rodrigo Vellozo — Foto: Murilo Alvesso / Divulgação
Foi o último sucesso de Benito Di Paula, ainda que o cantor tenha continuado a lançar álbuns com regularidade até 1996, ano em que apresentou Baileiro sem repercussão.

Desde então, alijado do mercado fonográfico pela máquina das gravadoras, Benito Di Paula apresentou somente mais dois álbuns com músicas inéditas, A felicidade é nossa (2017) e o novíssimo O infalível zen (2021), disco em que também toca violão.

A frieza da indústria fonográfica pode ter afastado Benito Di Paula das paradas, mas jamais do público. O cantor e compositor sempre foi extremamente popular e amado pelo chamado povão – e aí talvez tenha residido a resistência dos formadores de opinião em dar a Benito Di Paula o merecido reconhecimento que o sambeiro pianeiro recebe tardiamente no 80º aniversário. Ao menos, as flores estão sendo dadas em vida...

Fonte: https://g1.globo.com/

CONFIRA TODA A COBERTURA DA 5ª EDIÇÃO DO "RECITANDO O SERTÃO" QUE ACONTECEU NO TEATRO CANDINHA BEZERRA EM SANTA CRUZ/RN

O evento aconteceu neste sábado 27 de novembro de 2021, no Teatro Candinha Bezerra, na cidade de Santa Cruz/RN.
Uma noite memorável dedicada a arte, a música, poesia, rima, verso e repente. Assim foi a 5ª edição do “Recitando o Sertão”, evento que reuniu vários artistas amantes da música e do cordel, verdadeiros representantes da cultura popular.

O projeto contou com o incentivo da Lei Aldir Blanc que teve a Associação de Poetas e Escritores Santacruzenses como contemplada.
Entre os artistas que se apresentaram nesta noite estavam o cantor, poeta e escritor, Hélio Crisanto, da cidade de Santa Cruz/RN, o também poeta, cantor, escritor e professor, Gilberto Cardoso, representando a cidade de Tangará estava o jovem talento, Carlos Danilo Teixeira, também tivemos a participação do poeta Léo Medeiros, outro poeta que também abrilhantou o evento foi George Henrique Rodrigues, o poeta Adriano Bezerra e para abrilhantar ainda mais o evento também tivemos as participações das Poetisas de Santa Cruz, Liane Bezerra e Andressa Nascimento. Acompanhando toda essa turma estavam os requisitados músicos Diego Cassiano no acordeon e o violonista super talentoso José Paulo.

A cidade de Santa Cruz está de parabéns pela qualidade dos eventos culturais que vem sendo desenvolvidos, fruto do talento de artistas da terra que tem o dom de transmitir emoções e nos faz mergulhar no mundo dos cordéis, da poesia e da musicalidade, resgatando o que há de melhor na cultura nordestina.

Tenho certeza que o público que ali se fez presente se sentiu presenteado com este espetáculo. Tudo estava perfeito, som iluminação e um cenário incrível, artistas transmitiram o verdadeiro sentido da arte nordestina.

A professora Siomara Spineli, que também se fez presente no evento, descreveu com orgulho tudo o que vivenciou naquela noite encantadora. Confira na íntegra as palavras da professora.

"Tenho um orgulho danado de ser Nordestina!

Nasci e cresci na capital Paraibana, mas um dos maiores presentes que meus pais me deram foi morar durante 3 anos em Cajazeiras, na Paraíba, tinha 5 anos... no interior aprendi que a natureza faz parte de mim, numa festa tomei água de barreiro, raspei tacho de arroz de leite, tomei banho de cachoeira no açude, senti as piabas me beliscarem, víamos as festas de São João no Chamegão com muitos artistas, levo comigo muitas aprendizagens e pessoas especiais, para completar, moro hoje no interior do Rio Grande do Norte, numa cidade que transborda cultura, artistas, poesia✨😍😍😍😍😍 aqui...aprendi todo o resto até ser eu hoje.
Nordestino é acima de tudo um sonhador, é o que nunca perde a fé, é o que sofre rindo e ainda ajuda na tua dor, é o que se alegra quando chove, é o que agradece quando tudo vira um manto verde. 
Sou Nordestina por sorte e vocação. 
A vida me chamou para ser forte
E forte levo meu coração!

Parabéns aos artistas da noite!👏👏👏👏"




































Quem foi Odetinha, a menina carioca que pode se tornar santa

Na semana passada, papa Francisco publicou um decreto em que reconheceu as chamadas "virtudes heroicas" de seis novos candidatos a santos, incluindo a carioca Odette Vidal Cardoso.
Menina Odetinha está entre candidatos a santos recém-divulgados por Papa Francisco — Foto: Postulatore delle Cause dei Santi
Por Edison Veiga, BBC, Bled, Eslovênia
Ela viveu apenas 9 anos. Mas, para os católicos, parece ter sido tempo suficiente para que tenha deixado exemplos de virtudes tão fortes que, conforme esperam os que defendem sua causa, fará dela mais uma santa a povoar os altares das igrejas. Trata-se de Odette Vidal Cardoso (1930-1939), carioca que ficaria conhecida como Menina Odetinha.

Ela passou a ser venerada como santa no Cemitério de São João Batista, no Rio, e sua história acabou reconhecida oficialmente pelo Vaticano.

Na semana passada, o papa Francisco publicou um decreto em que reconheceu as chamadas "virtudes heroicas" de seis novos candidatos a serem santos. Na mesma data em que celebraram-se os 82 anos da morte de Odetinha, ela passou a figurar nesse rol: a partir de agora, é considerada "venerável serva de Deus", um degrau no quase sempre longo processo de canonização.


Formalmente, isso significa que os trâmites, antes circunscritos à Arquidiocese do Rio, onde Odetinha viveu, agora prosseguem na alta cúpula do Vaticano, sob o comando da Congregação para as Causas dos Santos.
Biógrafo diz que menina era 'um bálsamo de amor e caridade' — Foto: Acervo padre João Claudio Loureiro do Nascimento
"Quando há o reconhecimento das 'virtudes heroicas', o que significa que a vida da pessoa realmente seguiu os princípios do evangelho de maneira extraordinária, ela passa a ser chamada de 'venerável'", esclarece à BBC News Brasil a vaticanista Mirticeli Medeiros, pesquisadora de história do catolicismo na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

A pouca idade da candidata não muda nada aos olhos dos peritos e religiosos encarregados da análise. "Uma criança segue o mesmo processo de um adulto. Sempre se faz a pergunta: ela viveu o evangelho de maneira excepcional?", explica Medeiros.

Em entrevista ao Vatican News, portal oficial da Santa Sé, o cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, comemorou a notícia. "[Ela era uma] menina de nove anos que rezava, cuidava dos pobres, tinha uma grande preocupação com os necessitados", comentou ele. "Deixou diversos exemplos e morreu com fama de santidade aqui no Rio de Janeiro. Agora passa a ser venerável. É uma boa notícia a todos nós da arquidiocese."

Tempesta enalteceu o fato de que a garota é a "primeira venerável de nossa arquidiocese" e pediu para que ela "interceda por nossa cidade, pelas crianças e por todos nós".

Quem foi?
Odetinha era filha de um casal de imigrantes portugueses considerados ricos comerciantes na sociedade carioca. Segundo relato biográfico divulgado pelo escritório que cuida de sua causa junto ao Vaticano, "os pais eram profundamente religiosos e, sobretudo, de grande caridade para com os necessitados".

"Desde muito jovem, a menina aprendeu com os pais a recitar as orações e a ter uma terna devoção a Nossa Senhora, além de um amor particular pela Santa Missa", pontua o texto.
Odetinha começou a tomar aulas de catecismo aos cinco anos e, diz o relatório, para ela "aprender as coisas de Deus era tão rápido" que logo a menina estava "a ensinar os outros, tornando-se a catequista dos colegas".

Um mês antes de completar 7 anos, recebeu a primeira comunhão. De acordo com o material biográfico, ao entrar na igreja para a cerimônia, a mãe perguntou o que ela gostaria de pedir a Jesus. "Mãe, se Jesus aparecesse para mim, eu lhe daria um beijinho com todo o meu coração e diria: eu te amo", teria respondido a garota.

Sua fé aumentava cada dia mais, com manifestações fervorosas de devoção. Odetinha incorporou hábitos de jejum. Há diversos episódios em que ela relatava, para sua mãe, conversas e interações com Jesus.

"O amor e a caridade de Odette estendiam-se a todos, sem exceção", diz ainda o texto preparado pelo escritório que defende a causa. "Para a festa de Natal, pediu aos pais que todos os empregados da casa se sentassem com eles na mesma mesa para comerem juntos. Ela nutria um amor particular por uma menina órfã e, quando recebia um presente, compartilhava com ela. Ao saber que o filho de um empregado da família ainda não havia feito a primeira comunhão, ofereceu-se para ela mesma lhe ensinar o catecismo. Mais tarde, quando a criança adoeceu, Odette se preocupou em fazer com que ele recebesse todos os sacramentos."

Odetinha teve uma forte febre em 8 de outubro de 1939. Foi à missa muito cansada. Depois daquele dia jamais se recuperaria. A menina havia contraído tifo. Nada fez com que a febre baixasse.

Segundo o relato biográfico, a garota "revelou paciência heroica durante a doença, sem nenhuma lágrima nem gemido". "Quando questionada sobre como estava indo, sempre respondia que bem. Às vezes, em êxtase, dizia que 'Jesus estava aqui, mas não me levou'. Ela não culpava ninguém e ficava triste quando via a mãe com olhos vermelhos de tanto chorar", afirma o texto.

Na madrugada de 25 de novembro, Odetinha não conseguia falar. Mas gesticulou que queria receber a comunhão. Um padre estava presente e lhe disse que ela não seria capaz de engolir. A menina insistiu. Deram-lhe água e um pequeno fragmento da hóstia. A menina morreu em seguida, recitando uma oração.
Autor do livro Odetinha: Lírio de Caridade em Missão, o padre José Claudio Loureiro do Nascimento afirma à BBC News Brasil que a menina era "um bálsamo de amor e caridade". "O grande significado que podemos extrair de sua vida é: caridade não tem idade", argumenta. "Odetinha era uma criança com um grau altamente desenvolvido de caridade, extraordinário e impressionante. Ela tinha sensibilidade com o sofrimento alheio e manifestava desejo e atitude de ajudar."

Padre Nascimento, que é perito do escritório da Causa dos Santos ligado à Arquidiocese do Rio, conta que há registros de que a menina organizava feijoadas beneficentes aos pobres, doava roupas, pedia para os pais que a levassem ao orfanato, fazia com que os pais dessem roupas iguais as delas para outras crianças, entre outros gestos. "Essa era a Odette", diz Nascimento.
Menina Odetinha quando adoeceu; ela morreria de tifo em 1939 — Foto: Postulatore delle Cause dei Santi
Próximos passos:
Quem defende a causa de Odetinha junto ao Vaticano é o postulador italiano Paolo Vilotta — postulador é como se fosse um "advogado de santos". Trata-se de um homem com bom trânsito na Santa Sé e um currículo vasto. Para citar um exemplo recente, ele também foi o postulador da causa da brasileira Irmã Dulce (1914-1992), canonizada em 2019.

Em conversa com a BBC News Brasil, Vilotta diz que já esperava pelo decreto de Francisco. "Mas minha emoção e minha felicidade acompanharam todos os passos que antecederam a notícia", comenta. "Todos os estudos anteriores realizados primeiramente pelos consultores históricos, depois pelos consultores teológicos e finalmente pelos cardeais e bispos, todos responderam positivamente. E foram acolhidos por mim, todas as vezes, com alegria e felicidade, tanto pela figura como pela Igreja, do Rio de Janeiro em particular, do Brasil e universal."

Vilotta salienta que o decreto de Francisco ainda "não indica um culto público" à Odetinha, mas "reconhece precisamente que ela viveu as virtudes cristãs em grau heroico". "Portanto, a causa está atualmente em um ponto importante e fundamental", afirma.

"Esta venerabilidade aconteceu muito rapidamente, o que significa um forte interesse de todos e um excelente trabalho realizado por todos", acrescenta o postulador. O processo começou em 2013.
O próximo degrau no caminho da santidade é a beatificação. "Conforme previsto nas normas, [para que isso ocorra] a Igreja deve reconhecer um milagre, atribuído à [agora] venerável Odette, ocorrido após sua morte", detalha Vilotta. "Portanto, agora haverá um trabalho de muita atenção e avaliação no que diz respeito às muitas graças que são relatadas e entregues aos líderes da causa."

Padre Nascimento ressalta que quem faz o santo é o povo — nesse sentido, como já há uma devoção popular, é de se esperar que naturalmente o Vaticano a reconheça como tal. Agora é preciso a comprovação de milagres.

Os relatos de curas milagrosas atribuídas à intercessão da menina devem ser analisados nos próximos anos por uma junta de médicos que atuam como consultores do Vaticano. "Alguns deles são ateus, inclusive. Porque a ideia da Igreja não é declarar um milagre, mas declarar que a ciência não tem como explicar aquele caso apresentado", explica Nascimento. Para que a beatificação ocorra, essa declaração tem de ser unânime.

Depois, de declarada beata, será preciso ainda um segundo milagre para que, finalmente, Odetinha se torne uma santa.

O fato de ela ser criança não interfere no julgamento do processo. É claro que, conforme pontua Nascimento, naturalmente acaba-se tendo menos material biográfico para ser analisado. Por outro lado, acumulam-se relatos póstumos sobre a devoção popular a Odetinha, nesses mais de 80 anos.

"A Igreja tem outros casos de crianças canonizadas", ressalta à BBC News Brasil o vaticanista Filipe Domingues, doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e vice-diretor do Lay Centre em Roma. Ele cita como exemplos os dois pastorinhos de Fátima, Jacinta e Francisco, que teriam avistado Nossa Senhora e, mais tarde, morreram na epidemia de gripe espanhola.

"Há um ponto importante que é aquela ideia de que para entrar no Reino dos Céus é preciso ter a ingenuidade de uma criança, a pureza, a simplicidade", ressalta Domingues. "Além disso, muitas crianças podem ter uma vida de devoção e oração e, assim, se tornarem modelos de fé."
Túmulo de Odetinha, no Rio — Foto: Postulatore delle Cause dei Santi
Em conversa com a reportagem, o pesquisador José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia e professor da Universidade Estadual Vale do Aracaú, do Ceará, também cita os pastorinhos para exemplificar a questão da santidade de crianças. "A venerabilidade de Odetinha a coloca à frente das outras crianças, sem a presença do martírio, que são estudadas no Brasil em causas de canonização", pontua ele, que cita o caso em seu livro A Caminho da Santidade.

Fonte: https://g1.globo.com/

PREFEITURA MUNICIPAL DE TANGARÁ REALIZA AÇÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE O MOSQUITO AEDES AEGYPTI NAS ESCOLAS MUNICIPAIS


A Prefeitura de Tangará e sua Secretaria Municipal de Saúde com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, realizaram uma ação de conscientização e informação sobre o mosquito Aedes Aegypti (transmissor da dengue, Zika vírus, Chikugunya e Febre Amarela), destinada às crianças do nosso município, pois sabemos que o futuro se constrói hoje, com as pessoas que estão se preparando para o amanhã.

Para isso, seguindo uma orientação do Prefeito Doutor Airton, as Secretarias trabalharam de forma integrada na realização das atividades, o que vem sendo uma característica da forma de atuar da gestão municipal.

Nas escolas e creches do nosso município, agentes de saúde da equipe de endemias, coordenada por Vinicius Barbosa, André Araújo, supervisor, João Maria, agente, com apoio técnico de José Pacífico, estão desenvolvendo um trabalho junto aos alunos que passam a ser verdadeiros agentes multiplicadores, levando os ensinamentos recebidos em sala de aula para dentro de suas casas.

Essa experiência tem sido muito proveitosa e os resultados excelentes onde as crianças recebem a visita dos agentes de endemias que levam as larvas dos mosquitos em tubos de ensaio e recebem orientações sobre manter ambientes limpos e sem água parada no vaso da planta, guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, entregar pneus ao serviço de limpeza urbana, manter caixa d'água sempre fechada, colocar no lixo todo objeto que possa acumular água e nenhuma vasilha no quintal de casa.

O trabalho de prevenção ao mosquito Aedes, em Tangará, conta com mais essa ação preventiva que tem na conscientização das nossas crianças mais uma forte aliada para vencermos essa luta diária.

Na semana passada foram visitadas as seguintes escolas e creches: E. M. Amélia Teodolina de Melo, E. M. Ormecindo Gomes da Silveira, CMEI Zilah de Carvalho Bezerra e Unidade I Joana Fernandes de Lima.