Publicação: 30 de Janeiro de 2014 às 00:00
Por Felipe Werneck e Thaise Constancio
Rio, (AE) - O motorista do caminhão que trafegava com a caçamba levantada e derrubou uma passarela nesta terça-feira, 28, na Linha Amarela, provocando a morte de cinco pessoas, admitiu que usava o telefone celular no momento da colisão, afirmou o delegado responsável pela investigação, Fábio Asty, da 44ª Delegacia de Polícia (DP), em Inhaúma, na zona norte do Rio. A quinta vítima do acidente morreu na manhã de ontem: Luiz Carlos Guimarães, de 70 anos, passageiro de um Palio atingido pela passarela, por causa de traumatismo craniano e fratura na coluna. De acordo com Asty, o motorista Luiz Fernando da Costa, de 33 anos, que continua internado e foi ouvido formalmente no hospital, disse que conversava com um amigo cujo filho estaria desaparecido durante todo o percurso feito pelo caminhão na via expressa, de cerca de 3 quilômetros.
Celso BarbosaMotorista deixa a Delegacia de Polícia, no Rio, após depoimento. Ele admitiu que conversava ao telefone no momento da colisão
“Ele admitiu que usava o celular desde o momento em que entrou na Linha Amarela e só interrompeu a conversa após a colisão. Isso pode comprovar o crime culposo (sem intenção) porque ele teria sido negligente ao não ver a caçamba içada”, disse o delegado. Ainda de acordo com Asty, o motorista atribuiu o içamento involuntário, que nega ter visto, a um defeito mecânico
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Costa relatou que o caminhão havia sido reparado por um mecânico no fim de semana e entregue na segunda-feira, 27, um dia antes do acidente, após apresentar um defeito na caixa de marchas, que é acoplada ao sistema hidráulico responsável pelo içamento da caçamba. “Pode ter havido um problema de manutenção. Vamos aguardar o resultado da perícia no caminhão”, disse Asty.
Depoimentos
O delegado responsável pretende ouvir até o fim da semana o mecânico e o gerente operacional da empresa Arco da Aliança, além do motorista que usou o caminhão na segunda-feira. A perícia ocorreu no início da tarde - o adesivo que indicava que o caminhão estava a serviço da prefeitura do Rio já havia sido arrancado. O telefone do motorista também será periciado.
Asty disse considerar improvável que Costa tenha acionado o levantamento da caçamba com o caminhão em movimento. Para isso, seriam necessários três movimentos: pisar na embreagem, “desacionar” uma trava e puxar uma alavanca. “Isso causaria um dano mecânico e um efeito semelhante ao de engatar uma ré.” O motorista poderá ser indiciado sob acusação de cinco homicídios culposos (sem intenção de matar) e três lesões corporais culposas. O depoimento ocorreu sem a presença de um advogado do acusado. Costa sofreu danos no fígado, no abdome e há suspeita de problemas cardiovasculares. Ele segue internado, sem previsão de alta.
Tribuna do Norte
Por Felipe Werneck e Thaise Constancio
Rio, (AE) - O motorista do caminhão que trafegava com a caçamba levantada e derrubou uma passarela nesta terça-feira, 28, na Linha Amarela, provocando a morte de cinco pessoas, admitiu que usava o telefone celular no momento da colisão, afirmou o delegado responsável pela investigação, Fábio Asty, da 44ª Delegacia de Polícia (DP), em Inhaúma, na zona norte do Rio. A quinta vítima do acidente morreu na manhã de ontem: Luiz Carlos Guimarães, de 70 anos, passageiro de um Palio atingido pela passarela, por causa de traumatismo craniano e fratura na coluna. De acordo com Asty, o motorista Luiz Fernando da Costa, de 33 anos, que continua internado e foi ouvido formalmente no hospital, disse que conversava com um amigo cujo filho estaria desaparecido durante todo o percurso feito pelo caminhão na via expressa, de cerca de 3 quilômetros.
Rio, (AE) - O motorista do caminhão que trafegava com a caçamba levantada e derrubou uma passarela nesta terça-feira, 28, na Linha Amarela, provocando a morte de cinco pessoas, admitiu que usava o telefone celular no momento da colisão, afirmou o delegado responsável pela investigação, Fábio Asty, da 44ª Delegacia de Polícia (DP), em Inhaúma, na zona norte do Rio. A quinta vítima do acidente morreu na manhã de ontem: Luiz Carlos Guimarães, de 70 anos, passageiro de um Palio atingido pela passarela, por causa de traumatismo craniano e fratura na coluna. De acordo com Asty, o motorista Luiz Fernando da Costa, de 33 anos, que continua internado e foi ouvido formalmente no hospital, disse que conversava com um amigo cujo filho estaria desaparecido durante todo o percurso feito pelo caminhão na via expressa, de cerca de 3 quilômetros.
Celso BarbosaMotorista deixa a Delegacia de Polícia, no Rio, após depoimento. Ele admitiu que conversava ao telefone no momento da colisão
“Ele admitiu que usava o celular desde o momento em que entrou na Linha Amarela e só interrompeu a conversa após a colisão. Isso pode comprovar o crime culposo (sem intenção) porque ele teria sido negligente ao não ver a caçamba içada”, disse o delegado. Ainda de acordo com Asty, o motorista atribuiu o içamento involuntário, que nega ter visto, a um defeito mecânico
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Costa relatou que o caminhão havia sido reparado por um mecânico no fim de semana e entregue na segunda-feira, 27, um dia antes do acidente, após apresentar um defeito na caixa de marchas, que é acoplada ao sistema hidráulico responsável pelo içamento da caçamba. “Pode ter havido um problema de manutenção. Vamos aguardar o resultado da perícia no caminhão”, disse Asty.
Depoimentos
O delegado responsável pretende ouvir até o fim da semana o mecânico e o gerente operacional da empresa Arco da Aliança, além do motorista que usou o caminhão na segunda-feira. A perícia ocorreu no início da tarde - o adesivo que indicava que o caminhão estava a serviço da prefeitura do Rio já havia sido arrancado. O telefone do motorista também será periciado.
Asty disse considerar improvável que Costa tenha acionado o levantamento da caçamba com o caminhão em movimento. Para isso, seriam necessários três movimentos: pisar na embreagem, “desacionar” uma trava e puxar uma alavanca. “Isso causaria um dano mecânico e um efeito semelhante ao de engatar uma ré.” O motorista poderá ser indiciado sob acusação de cinco homicídios culposos (sem intenção de matar) e três lesões corporais culposas. O depoimento ocorreu sem a presença de um advogado do acusado. Costa sofreu danos no fígado, no abdome e há suspeita de problemas cardiovasculares. Ele segue internado, sem previsão de alta.
Tribuna do Norte
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