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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Caixa registra quatro tentativas de fraudes em dois meses; PF detalha ação de golpistas

Criminosos costumam falsificar principalmente documentos de servidores públicos pelo fato de eles apresentarem renda fácil de ser comprovada


Por Saulo de Castro
(Foto: Wellington Rocha)
Polícia Federal alerta para fraudes praticadas (Foto: Wellington Rocha)
A Polícia Federal registrou quatro tentativas de fraudes a agências da Caixa Econômica Federal somente nos dois primeiros meses do ano e prendeu seis pessoas de cometer o crime em Natal. De acordo com o Rubens França, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, fraudadores são bem articulado, com bom nível intelectual.
Segundo o delegado, os criminosos costumam falsificar principalmente documentos de servidores públicos pelo fato de eles apresentarem renda fácil de ser comprovada. Munidos dessa documentação, eles vão em busca dos laranjas, indivíduos que vai intermediar a transações financeiras fraudulenta.
Normalmente são pessoas que estão precisando de dinheiro, com pouca instrução. “Eles chegam, usam da lábia e fazem uma proposta pra essa pessoa. Olha, eu tenho uns documentos falsos aqui, eu preciso que você vá até determinado banco faça um empréstimo, uma parte do dinheiro fica contigo. As pessoas que normalmente precisam desse dinheiro aceitam participar do golpe”, relatou.
Para o delgado, muitas vezes é difícil identificar os fraudadores. Para isso, a Polícia Federal tem de contar com o apoio dos próprios funcionários das agencias bancárias, que chegam ser treinados para saber identificar esse tipo de criminoso. “Os servidores são treinados para verificar esse tipo de fraude. Isso porque a polícia não tem o controle total dessas ocorrências. É algo que foge e que a gente não tem condições realmente de fazer esse controle”, disse.
As duas principais formas de ocorrência dessa fraude são contratos de empréstimos ou abertura de conta com limite. Em um dos casos registrados esse ano, os fraudadores tentaram fazer uma consignação no valor de R$ 73 mil no contrato de crédito. Em outros dois casos, os criminosos tentaram uma abertura de conta corrente com um lime entre R$ 5 e R$ 10 mil. “A pessoa nesse caso, se utiliza do limite ela vai utilizando o limite até o banco não dar mais o dinheiro e ele simplesmente desaparece”, explicou França.
Nos casos identificados até agora em Natal, a Polícia Federal identificou suspeitos aqui do estado, mas há informação que tem uma quadrilha do estado de Pernambuco tambpem tenha participação de fraudes cometidas no RN.
O delegado alerta que todo dinheiro fácil é um risco. Quando alguém chega oferecendo uma oportunidade. “A pessoa tem que desconfiar de uma situação como essa. Normalmente quando a pessoa vai ao banco ela sabe que está fazendo a coisa errada, mas ela acaba fazendo por necessidade. Aquilo vai virar um transtorno na vida da pessoa porque ela vai responder um processo criminal, podendo ser presa tendo que conviver com o estigma de ter a ficha suja na polícia”, alerta.
O delgado Rubens França acrescenta ainda um dado alarmante. Em muitos dos casos de tentativa de fraude a agências da Caixa Econômica Federal (CEF), a polícia consegue chegar apenas aos “laranjas”, enquanto a quadrilha articuladora do crime sai ilesa. “Até a Polícia Federal ou a Polícia Civil chegar à quadrilha demora, uma vez que as pessoas presas têm medo de passar informações”, finalizou.

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