Por estar afastado, tenente Iranildo Félix não pode portar arma de fogo.
Oficial usava colete e pistola em atentado sofrido no último domingo.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte abriu sindicância para apurar o porte de arma e uso de colete à prova de bolas do tenente Iranildo Félix, principal suspeito de matar a tiros o professor e lutador de MMA Luiz de França Trindade, de 25 anos, assassinado no último dia 10 na calçada de uma academia na zona Sul de Natal. O coronel Francisco Canindé de Freitas, comandante do Comando do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), onde o oficial é lotado, informou ao G1 que a portaria será publicada nesta sexta-feira (21) no Boletim Interno da PM.
“Ele está sem proteção nenhuma e já sofreu dois atentados. No lugar da PM oferecer proteção, foram retirados o colete e a arma dele. A Polícia Militar está querendo dar uma resposta à sociedade com a vida do tenente", afirmou Brenda.O tenente Iranildo Félix portava uma pistola 380 e usava um colete balístico quando foi vítima de um atentado no último domingo (16). Na ocasião, a ex-mulher dele, Ivânia Bezerra Alves, de 31 anos, que estava com o oficial, foi atingida por vários tiros e morreu. "Por estar de licença médica e afastado do serviço operacional, o policial não poderia estar portando arma de fogo. A questão será apurada em um prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 caso seja necessário", explica o coronel Freitas.
O atentado contra o PM e sua ex-mulher aconteceu em uma estrada carroçável em Macaíba, na Grande Natal. O tenente foi baleado na altura do abdômen, mas o disparo atingiu o colete. Após o atentado, tanto o colete quanto a arma, além de 44 munições, foram apreendidos na Delegacia de Plantão da zona Sul.
Escolta policial
A defesa do tenente da Polícia Militar Iranildo Félix quer que ele seja protegido por uma escolta policial. Ao G1, a advogada Brenda Martins afirmou que vai solicitar uma proteção especial para o oficial diretamente ao secretário estadual da Segurança Pública Aldair da Rocha. Ela teme pela vida de Iranildo. O tenente nega qualquer participação no crime.
A advogada disse que procurou o comando da corporação para solicitar escolta para o tenente, mas o comando teria se recusado a receber o ofício. "Vou procurar o secretário de segurança e vou pedir pessoalmente uma escolta para o tenente”, acrescentou.
O comandante geral da PM, coronel Francisco Araújo, nega ter recebido qualquer ofício da advogada. "Ela não me procurou. Pode ter procurado o comando, que é toda a PM, mas ela não me procurou", afirmou Araújo. "Ele, o tenente Iranildo, me procurou na semana passada querendo uma arma e um colete. Como ele está de licença médica e não pode portar arma de fogo, neguei o pedido", acrescentou o comandante.
Namorada do PM nega envolvimento com o lutador assassinado
A advogada Brenda Martins assumiu a defesa do tenente Iranildo Félix após a advogada Juliana Melo abandonar o caso. Juliana alegou que estava com medo de morrer.
A advogada Brenda Martins assumiu a defesa do tenente Iranildo Félix após a advogada Juliana Melo abandonar o caso. Juliana alegou que estava com medo de morrer.
A primeira vez que Brenda falou em nome do oficial foi na manhã de quarta (19), quando acompanhou Valéria Alexandre Cortês, namorada do tenente, em depoimento à polícia. Valéria foi ouvida pelo delegado Sílvio Fernando, que investiga o assassinato do lutador. Por meio da advogada, ela negou que tenha tido qualquer envolvimento com Luiz de França. De acordo com o delegado, a possibilidade de o crime ter sido passional é uma das linhas de investigação. A outra possível motivação para o homicídio seria uma desavença entre o PM e o lutador.
"Posso afirmar que não existe nenhuma possibilidade de crime passional, como já foi levantado”, disse a advogada.
Quanto ao eventual desentendimento, Brenda declarou: "O inquérito é inquisitório. Não há absolutamente nada que ligue o meu cliente ou a Valéria ao caso. Nem a arma, nem a roupa. O caso se tornou midiático. Então a polícia está querendo criar um situação onde o Iranildo se torne o suspeito, sob a alegação desse desentendimento entre os dois”.
"Posso afirmar que não existe nenhuma possibilidade de crime passional, como já foi levantado”, disse a advogada.
Quanto ao eventual desentendimento, Brenda declarou: "O inquérito é inquisitório. Não há absolutamente nada que ligue o meu cliente ou a Valéria ao caso. Nem a arma, nem a roupa. O caso se tornou midiático. Então a polícia está querendo criar um situação onde o Iranildo se torne o suspeito, sob a alegação desse desentendimento entre os dois”.
Advogada diz que PM e namorada dele seriam os alvos do atentado em Macaíba
"Os alvos eram o tenente Iranildo e a atual companheira dele. A ex-mulher estava no lugar errado na hora errada". A afirmação é da advogada Brenda Martins. Segundo ela, o atentado que aconteceu no domingo (16) em Macaíba, e que terminou com a morte da estudante de Direito Izânia Maria Bezerra Alves, de 31 anos, tinha como alvo o oficial e a atual companheira dele, Valéria Alexandre Cortês. Brenda acompanhou o casal nesta quarta-feira (19) durante depoimento que Valéria prestou à polícia na Delegacia de Macaíba. Ao deixar a delegacia, a advogada explicou que o tenente apenas acompanhou a namorada. “Estivemos apenas acompanhando a Valéria em seu depoimento. Ela e o meu cliente eram os alvos. A Izânia estava no local errado na hora errada", declarou.
G1 RN
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