Flávio Tavares/Hoje em Dia/AEPoliciais acompanham escavação em terreno apontado por Jorge Rosa como local onde corpo de Eliza Samudio teria sido deixado
Os trabalhos foram realizados com auxílio de uma retroescavadeira e foram encontrados um par de sapatos e uma luva do tipo das usadas por operários de construção civil, mas o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Minas, delegado Wagner Pinto, avaliou que os objetos “não têm nenhuma relevância” para o caso.
O local onde ocorreram as novas escavações foi apontado por um primo de Bruno, Jorge Rosa Sales, que foi condenado pelo sequestro e morte de Eliza e cumpriu medida socioeducativa por ser menor à época do crime. Ele havia concedido entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro afirmando saber do local onde estaria o corpo e, ao ser ouvido pela polícia mineira, alegou “peso na consciência” para resolver indicar o local mais de quatro anos após Eliza ter desaparecido.
Após o depoimento, Wagner Pinto avaliou que as declarações eram “coerentes”. Sales acompanhou as buscas com o advogado Nélio Andrade, segundo o qual seu cliente permanece “convicto” do local onde o corpo foi enterrado.
Desde o início das investigações, Sales apresentou ao menos quatro diferentes versões para o crime. Mas, de acordo com Wagner Pinto, o rapaz não pode ser acusado de nenhum tipo de crime mesmo que esteja mentindo porque “não há como comprovar”, já que o corpo pode ter sido realmente enterrado no local e retirado da cova posteriormente.
O delegado afirmou ainda que era necessário realizar as buscas para acabar com “qualquer dúvida” a respeito da questão. E mesmo sem ter encontrado nenhum indício “significativo” de que os restos de Eliza pudessem estar onde o rapaz apontou, Pinto não descartou a possibilidade de fazer outra diligência do tipo caso Sales indique novo local.
Desde que Eliza desapareceu já foram realizadas buscas em diferentes locais de Betim, Contagem, Vespasiano e Esmeraldas, todas na região metropolitana de Belo Horizonte, além da própria capital.
Fonte: Tribuna do Norte
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