Com a instalação deste serviço, o Estado passará a captar e processar lâminas de pele para transplante, ajudando no tratamento de vítimas de queimaduras
O Sistema Fiern está estudando a implantação de um Banco de Pele em Natal, inspirado no modelo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS). Com a instalação deste serviço, o Estado passará a captar e processar lâminas de pele para transplante, ajudando principalmente no tratamento de vítimas de queimaduras. Em casos graves, o enxerto de pele é indispensável no tratamento e manutenção da vida desses pacientes.
Uma equipe da Fiern está agendando uma visita a Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, para conhecer esse processo e materializar o projeto.
A ideia de trazer o Banco de Pele para o Estado surgiu através do Diretor-Superintendente dos Bancos Sociais do Rio Grande do Sul, Paulo Renê Bernhard, que apresentou a proposta para a presidente da Comissão Temática de Responsabilidade Social (Cores/Fiern), Maria da Conceição Tavares, em uma reunião da Confederação Nacional da Indústria (CNI), há três meses.
“Acreditamos que a implantação de um Banco de Pele vai ajudar a muitas vítimas de queimaduras que não contam com a oportunidade de melhorar a sua qualidade de vida através da rede de saúde atual. Além disso, queremos tornar o Rio Grande do Norte um polo referência em Transplante de Tecidos”, explicou Conceição Tavares.
Para explicar este trabalho, bem como toda atividade dos Bancos Sociais no Rio Grande do Sul, Paulo Renê fez uma palestra durante a última reunião da Cores. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte demonstrou interesse pelo projeto e pretende se tornar parceira na instalação do Banco de Pele do RN, por isso, enviou seus representantes para a reunião com o objetivo de conhecer a proposta implantada no Rio Grande do Sul.
Como funciona um banco de pele
Um Banco de Pele capta, processa, armazena e distribui pele humana que pode ser utilizada em transplantes na recuperação de queimaduras graves. Quando transplantada, a pele funciona como um curativo biológico, diminui as complicações, o tempo de internamento, o uso de antibióticos, o sofrimento do paciente e de seus familiares, e o risco de morte.
A Doação de Pele segue os critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplantes e tem o mesmo processo da doação de órgãos, porém estabelece-se que os doadores devem ter entre 14 e 60 anos. As camadas mais superficiais da pele são retiradas cirurgicamente, tratadas e transplantadas. Geralmente é retirada uma camada superficial da pele das coxas e das costas e não há nenhum tipo de consequência na aparência do doador, a aparência é como a pele que descasca por uma queimadura solar.
Após retirada, a pele inicia um processo que dura em média 40 dias. Durante este tempo, ela é submetida a vários testes para descartar contaminações. Uma vez preparado, o material congelado pode ficar no banco por até dois anos.
Principais benefícios do Banco de Pele Humana:
Maior sobrevida e menor risco de contaminação: a pele funciona como uma barreira protegendo contra infecções. Pacientes com queimaduras de 3º grau perdem as defesas e ficam expostos a vírus, fungos e bactérias.
Menos sofrimento: o paciente terá de passar por menos cirurgias.
Menos gastos com o tratamento: com a redução do tempo de internação e economia com antibióticos as despesas com o tratamento ficam menores.
Menor tempo de internação: com o Banco de Pele Humana é possível fazer enxertos precoces.
Fonte: Portal no Ar

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