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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Bebê achado morto em lixão no RN tinha ar nos pulmões e cortes no peito

Segundo delegado, perícia aponta que criança nasceu viva e foi morta.
Corpo foi encontrado em lixão na zona rural de Macau no dia 21 deste mês.

Corpo do bebê estava dentro de um caixa de papelão, jogada no lixão (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Corpo do bebê estava dentro de um caixa de
papelão, jogada no lixão (Foto: Divulgação/PM)
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte revelou ao G1 na manhã desta quarta-feira (26) que o bebê encontrado morto em um lixão na zona rural de Macau, cidade da região da Costa Branca do estado, não foi vítima de um aborto. Segundo o delegado Delmontiê Falcão, laudos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) apontam que a criança tinha ar nos pulmões e marcas de cortes feitos por um objeto perfurocortante nos pulsos e no peito. "Ela nasceu viva após oito ou nove meses de gestação, e respirou fora da barriga da mãe. Depois, foi vítima de um homicídio", afirmou.

O corpo do bebê foi achado no último dia 21 por catadores que trabalhavam no lixão. O local fica a 9 quilômetros da sede do município. Estava de fraudas, coberto por um lençol e sacos plásticos dentro de uma caixa de papelão. Também apresentava algumas lesões, provavelmente feitas por bicadas de urubus.
No mesmo dia, uma jovem de 18 anos, suspeita de ser a mãe da criança, foi levada para prestar esclarecimentos na delegacia da cidade. Na ocasião, ainda segundo Delmontiê, ela negou que o bebê fosse dela, mas admitiu que havia abortado um feto três dias antes.

"Ela disse que abortou numa praia, e que o corpo ficou em um lixo. Ele pode ter sido recolhido e jogado no lixão onde foi achado. Acredito que seja o mesmo bebê, mas só teremos certeza da maternidade com o resultado do exame de DNA", ressaltou. "Ela ainda relatou que abortou após sentir fortes contrações depois de tomar um analgésico para dor. O medicamento também foi analisado e ficou constatado que não é abortivo", acrescentou o delegado. Após ser ouvida, a mulher foi liberada.

Delmontiê afirmou também que o DNA já foi solicitado, mas que não há previsão de quando será realizado, uma vez que o exame não é feito no Rio Grande do Norte. "Só é feito em Salvador. Aí depende do Estado. Se der positivo, ela vai responder pela morte da criança. Caso contrário, teremos muito trabalho para descobrir que foi que realmente pariu e matou a criança", acrescentou.
Lixão onde corpo foi encontrado fica a 9 quilômetro da sede do município de Macau (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Lixão onde corpo foi encontrado fica a 9 quilômetro da sede do município de Macau (Foto: Divulgação/PM)G1 RN

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