Segundo delegado, perícia aponta que criança nasceu viva e foi morta.
Corpo foi encontrado em lixão na zona rural de Macau no dia 21 deste mês.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte revelou ao G1 na manhã desta quarta-feira (26) que o bebê encontrado morto em um lixão na zona rural de Macau, cidade da região da Costa Branca do estado, não foi vítima de um aborto. Segundo o delegado Delmontiê Falcão, laudos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) apontam que a criança tinha ar nos pulmões e marcas de cortes feitos por um objeto perfurocortante nos pulsos e no peito. "Ela nasceu viva após oito ou nove meses de gestação, e respirou fora da barriga da mãe. Depois, foi vítima de um homicídio", afirmou.
O corpo do bebê foi achado no último dia 21 por catadores que trabalhavam no lixão. O local fica a 9 quilômetros da sede do município. Estava de fraudas, coberto por um lençol e sacos plásticos dentro de uma caixa de papelão. Também apresentava algumas lesões, provavelmente feitas por bicadas de urubus.
No mesmo dia, uma jovem de 18 anos, suspeita de ser a mãe da criança, foi levada para prestar esclarecimentos na delegacia da cidade. Na ocasião, ainda segundo Delmontiê, ela negou que o bebê fosse dela, mas admitiu que havia abortado um feto três dias antes.
"Ela disse que abortou numa praia, e que o corpo ficou em um lixo. Ele pode ter sido recolhido e jogado no lixão onde foi achado. Acredito que seja o mesmo bebê, mas só teremos certeza da maternidade com o resultado do exame de DNA", ressaltou. "Ela ainda relatou que abortou após sentir fortes contrações depois de tomar um analgésico para dor. O medicamento também foi analisado e ficou constatado que não é abortivo", acrescentou o delegado. Após ser ouvida, a mulher foi liberada.
Delmontiê afirmou também que o DNA já foi solicitado, mas que não há previsão de quando será realizado, uma vez que o exame não é feito no Rio Grande do Norte. "Só é feito em Salvador. Aí depende do Estado. Se der positivo, ela vai responder pela morte da criança. Caso contrário, teremos muito trabalho para descobrir que foi que realmente pariu e matou a criança", acrescentou.
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