Adarico Negromonte, último foragido da sétima fase da Operação Lava Jato se entregou à Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (24) em Curitiba. Acompanhado de duas advogadas, ele chegou de táxi, se dirigiu a pé até a sede da polícia e evitou fazer declarações aos jornalistas.
Adarico era o único dado por "foragido da Justiça" da relação de 25 nomes sob suspeita que tiveram prisão decretada no dia 10 - todos os outros, até os principais executivos das maiores empreiteiras do País, já haviam sido presos ou se apresentaram. "Nem sabemos qual é a acusação contra o sr. Adarico, mas decidimos apresentá-lo voluntariamente", declarou a advogada Joyce Roysen, que defende o irmão do ex-ministro e comunicou a medida à PF.
Joyce destacou que soube pela imprensa da existência da ordem de prisão temporária contra Adarico. Na semana passada, ela pediu revogação do decreto judicial. "Como não houve manifestação do Ministério Público Federal, nem decisão da Justiça sobre o nosso pedido, achamos melhor apresentar (o irmão do ex-ministro)."
A PF atribui a Adarico Negromonte o papel de ‘mula’ da organização criminosa de Youssef, alvo principal da Lava Jato. Segundo a PF, o doleiro usava o irmão do ex-ministro, um agente da própria corporação e um condenado por crimes financeiros, para fazer o transporte dos valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar a lavagem de dinheiro e manter um "eficiente sistema de delivery do caixa 2".
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário