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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Operação desarticula organizações

A operação “Alcatraz”, deflagrada nas primeiras horas da manhã de ontem pelo Ministério Público Estadual com apoio da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, escancarou a existência de duas organizações criminosas atuando no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, ditando diretrizes e princípios a serem observados pelos seus integrantes e articulando crimes fora dos presídios, tendo uma delas forte relação com outros estados da federação.

Cedida PRFEntre as apreensões de ontem estão R$ 17 mil em dinheiro e cartões de crédito

Ao todo, foram expedidos 223 mandados de prisão e 97 mandados de busca e apreensão. Dos mandados de prisão, 154 referem-se a investigados já presos, integrantes de organizações criminosas, sendo a expedição de novos mandados necessária para impedir a soltura dos mesmos, evitando-se a concessão de benefícios da execução penal como progressão de regime, indulto natalino, dentre outros, já que está comprovado que os detentos integram organizações criminosas e mesmo presos prosseguem cometendo ilícitos.

De acordo com a nota que o Ministério Público encaminhou à imprensa na parte da tarde, as ordens judiciais foram cumpridas em 15 cidades do Rio Grande do Norte e também nos estados de São Paulo, Paraná e Paraíba. No RN, os mandados foram cumpridos em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Currais Novos, Caicó, Assu, Parelhas, Lajes, Jucurutu, Jardim do Seridó, Jardim de Piranhas, São Vicente, Acari, Cruzeta e Santa Cruz.
A operação se baseou em investigações de comissões do Ministério Público que duraram dez meses. Ao longo dos trabalhos, o conhecimento produzido na investigação possibilitou que a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal realizassem, antes da deflagração, 75 prisões em flagrante em várias cidades do Estado, o que dá materialidade a crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, porte ilegal de arma de fogo e roubo.

Segundo informação do juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais, alguns envolvidos nas organizações criminosas deverão ser transferidos para presídios federais, mas isso só ocorrerá quando o Ministério Público Estadual fizer o levantamento final da operação “Alcatraz”. 

A operação mobilizou, ontem, 252 homens da PRF de 19 estados, 600 policiais militares e 12 promotores de Justiça, que conduziram as investigações por meio de comissões especialmente designadas. Ainda na parte da manhã haviam sido apreendidas 93 munições, cerca de 20 gramas de cocaína, 54 quilos de crack e 15 quilos de maconha, além de R$ 17 mil.

Essa, no entanto, é só uma pequena parte do volume de drogas que as organizações traficavam. Segundo o MP, a maior apreensão de entorpecente do ano feita pela Polícia Rodoviária Federal no Brasil veio das investigações que culminaram na operação desta última terça-feira: no dia 18 de maio, na cidade de Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul, a PRF apreendeu 15,2 toneladas de maconha. O flagrante foi viabilizado por dados colhidos nas investigações do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte e compartilhados com a Polícia Rodoviária Federal. Parte expressiva da droga destinava-se ao Rio Grande do Norte, porém, não chegou a ser distribuída, uma vez que foi apreendida na origem.

Números
223 mandados de prisão 
97 mandados de busca e apreensão
154 mandados de prisão referem-se a investigados já presos, integrantes de organizações criminosas
252 homens da PRF de 19 estados, 600 policiais militares e 12 promotores de Justiça participaram da operação
93 munições, cerca de 20 gramas de cocaína, 54 quilos de crack e 15 quilos de maconha, além de R$ 17 mil, foram apreendidos na manhã de ontem
Tribuna do Norte 

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